PS-Viseu *

* Publicado no Jornal do Centro há exactamente dez anos, em 27 de Janeiro de 2012

   

1. Já se disse aqui mas repete-se: inveja é a infelicidade perante a felicidade alheia; Schadenfreude é a felicidade perante a infelicidade alheia.     

A nossa política está cheia de inveja: inveja das limusines oficiais, inveja das pensões dos políticos em geral e das de Cavaco em particular...     

... inveja dos “abonos suplementares” dos jotas do governo, inveja da filha do Braga de Macedo, inveja do Catroga e da Cardona, inveja do carro com chofer da Ana Drago, inveja de...     

Não tem havido é Schadenfreude e isso é perigoso para Pedro Passos Coelho. O governo precisa de tornar infeliz alguém de cima para dar alguma felicidade ao povão de baixo. Pôr o Isaltino dentro não serve — depende do juiz e, ainda por cima, depois o homem continua a dirigir a câmara atrás das grades.     

Que tal fazer às parcerias-prejuízos-públicos-proveitos-privados o que foi feito aos salários dos funcionários públicos?     

Dia sim, dia sim, aparece um vip engravatado na televisão a debitar o mantra da moda: não há “direitos adquiridos”. É caso para perguntar: esse mantra não se aplica aos “direitos adquiridos” do senhor Mota Coelho Espírito Santo Engil?      

2. Nos últimos anos, a vida do PS no concelho de Viseu foi um pesadelo: cinco elementos da lista à câmara não honraram o voto recebido dos viseenses. Destes cinco, destacam-se pela sua especial responsabilidade os três primeiros: Miguel Ginestal, João Cruz e Conceição Matos.     

Já tive a oportunidade de dizer aos dois candidatos à concelhia do PS que, antes das eleições de Abril, eles devem explicar com clareza o que pensam desta deserção maciça.     

É que só uma relação leal com o eleitorado pode fazer com que os socialistas de Viseu, que nunca pediram nem querem nada do partido, se possam empenhar num projecto com potencial para vencer a câmara em 2013.

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