Deepfakes*
* Hoje no Jornal do Centro
1. No ano passado, o presidente da câmara de Penedono não fez nada que se visse para evitar o encerramento da estação de correio daquela bela vila do distrito de Viseu.
Agora, o ministério da saúde quis colocar um médico dentista e um assistente no centro de saúde local, num programa que carece do envolvimento das autarquias, mas o presidente da câmara pôs-se outra vez de fora, alegando que já lá há dentistas privados.
Se não é para defender a sua terra, se não é para defender a saúde dos seus munícipes mais pobres, para que raio é que o homem julga que foi eleito?
2. Os verdes do parlamento europeu fizeram as contas aos custos da corrupção em Portugal: todos os anos escoam-se pelo ralo 18,2 mil milhões de euros, mais do que o SNS (16,1 mM€), mais do dobro do orçamento da educação (8,7 mM€), mais de metade de todas as despesas sociais do estado. Aquele balúrdio que vai para o bolso dos corruptos dava para pagar a cada português 1763 euros. A conta foi feita também em Big Macs, mas só pensar nisso engorda.
Perante este cenário, de que a ladroagem na CGD é só a ponta do icebergue, a verdade verdadinha é que ninguém vai preso. Armando Vara parece-se cada vez mais com o boi de piranha dado em sacrifício para que o resto da manada atravesse incólume o rio.
O PS, o PSD e o CDS — que contaminaram a CGD com os seus boys — no mínimo dos mínimos deviam pedir desculpa ao país.
3. Deepfakes são vídeos manipulados que põem pessoas a dizer e fazer coisas que elas nunca fizeram ou disseram. Estes vídeos estão cada vez mais realistas e de produção acessível a cada vez mais gente.
Escusado será dizer que um deepfake pode desfazer uma reputação, pode estraçalhar um político. Pior: ao ser indistinguível a verdade da mentira, tudo nos parecerá mentira.
Vai haver tecnologia de detecção de deepfakes mas que será sempre imperfeita. O mais importante é não sermos impulsivos nas partilhas nas redes sociais e usarmos canais com um histórico de rigor.
in Centro Leaks — Tintol & Traçadinho, página de humor do Jornal do Centro, edição de hoje |
1. No ano passado, o presidente da câmara de Penedono não fez nada que se visse para evitar o encerramento da estação de correio daquela bela vila do distrito de Viseu.
Agora, o ministério da saúde quis colocar um médico dentista e um assistente no centro de saúde local, num programa que carece do envolvimento das autarquias, mas o presidente da câmara pôs-se outra vez de fora, alegando que já lá há dentistas privados.
Se não é para defender a sua terra, se não é para defender a saúde dos seus munícipes mais pobres, para que raio é que o homem julga que foi eleito?
2. Os verdes do parlamento europeu fizeram as contas aos custos da corrupção em Portugal: todos os anos escoam-se pelo ralo 18,2 mil milhões de euros, mais do que o SNS (16,1 mM€), mais do dobro do orçamento da educação (8,7 mM€), mais de metade de todas as despesas sociais do estado. Aquele balúrdio que vai para o bolso dos corruptos dava para pagar a cada português 1763 euros. A conta foi feita também em Big Macs, mas só pensar nisso engorda.
Perante este cenário, de que a ladroagem na CGD é só a ponta do icebergue, a verdade verdadinha é que ninguém vai preso. Armando Vara parece-se cada vez mais com o boi de piranha dado em sacrifício para que o resto da manada atravesse incólume o rio.
O PS, o PSD e o CDS — que contaminaram a CGD com os seus boys — no mínimo dos mínimos deviam pedir desculpa ao país.
3. Deepfakes são vídeos manipulados que põem pessoas a dizer e fazer coisas que elas nunca fizeram ou disseram. Estes vídeos estão cada vez mais realistas e de produção acessível a cada vez mais gente.
Escusado será dizer que um deepfake pode desfazer uma reputação, pode estraçalhar um político. Pior: ao ser indistinguível a verdade da mentira, tudo nos parecerá mentira.
Vai haver tecnologia de detecção de deepfakes mas que será sempre imperfeita. O mais importante é não sermos impulsivos nas partilhas nas redes sociais e usarmos canais com um histórico de rigor.
As redes sociais, especialmente o Facebook,dão origem pela sua essência, a partilhas, publicações, comentários por vezes de uma crueldade latente, que denigre,prejudica a reputação das pessoas envolvidas. Questões políticas, de figuras públicas ou mesmo de cidadãos comuns são vilepidiadas causando um impacto devastador. Seja a adolescente que se suicidou pelo bulling, seja a defesa de entidades acima de toda a "suspeita", apenas pelo facto de serem famosas e com interesses instalados, ou de outro qualquer fenómeno, intencionalidade em que se usam todos os meios para a atingir a vítima. A calúnia verbal, escrita e agora alterada por programas informáticos de imagem ou de som é uma " praga" difícil de combater. É o lado obscuro da tecnologia.
ResponderEliminarCorreção ao comentário anterior:" vilipendiada" :) Indesculpável!
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