Coimas*
* Hoje no Jornal do Centro
1. Sem se perceber bem como, ...
Como os autarcas estão confrontados com um “aceitas-já” ou “aceitas-daqui-a-dois anos”, todas as deliberações que estão a ser tomadas sobre o assunto são pouco interessantes. Há um ou outro socialista mais vocal a tentar mostrar serviço aos chefes, mas, regra geral, o entusiasmo é pouco e as votações sobre o assunto são mornas.
Com este pacote legislativo, o centralismo não bule. E não bulirá enquanto o interior continuar com punhinhos de renda e conversa de chá-das-cinco e enquanto os políticos locais aceitarem qualquer coisinha, como se viu com aquele remendo mal botado que o governo arranjou para o IP3.
O centralismo vai continuar a levar para Lisboa todos os investimentos, todos os eventos, todos os passes fofinhos para os transportes metropolitanos, passes que o resto do país, sem alternativas, vai continuar a pagar com os seus impostos. O que está em causa, neste pacote descentralizador, são coisas de intendência que já não interessam a Lisboa, e que o sr. Rio e o sr. Costa querem entregar à província, mas sem lhes acoplar os necessários recursos financeiros.
Um exemplo: as câmaras municipais vão poder, a partir de agora, gerir o “estacionamento público”. Porreiro, pá! É um avanço transcendente na capacidade de auto-determinação do interior. Soem as trombetas! A partir de agora já não vai ser precisa uma assinatura prévia de um boy alfacinha para se poder decidir o estacionamento numa avenida em Moimenta da Beira ou em Mortágua.
2. Recomeçaram os avisos e as ameaças do ministro Cabrita: «evite coimas, limpe os 50 metros de terreno à volta da sua casa, e os 100 metros à volta da sua aldeia, até 15 de Março.»
É a mesma asneira do ano passado. Como se sabe, mato cortado tão cedo torna a crescer antes do Verão. Não se pode coimar a estupidez do legislador?
1. Sem se perceber bem como, ...
Editada a partir daqui |
... Rui Rio e António Costa consumaram um acordo para transferir competências da administração central para as câmaras e comunidades intermunicipais.
Com este pacote legislativo, o centralismo não bule. E não bulirá enquanto o interior continuar com punhinhos de renda e conversa de chá-das-cinco e enquanto os políticos locais aceitarem qualquer coisinha, como se viu com aquele remendo mal botado que o governo arranjou para o IP3.
O centralismo vai continuar a levar para Lisboa todos os investimentos, todos os eventos, todos os passes fofinhos para os transportes metropolitanos, passes que o resto do país, sem alternativas, vai continuar a pagar com os seus impostos. O que está em causa, neste pacote descentralizador, são coisas de intendência que já não interessam a Lisboa, e que o sr. Rio e o sr. Costa querem entregar à província, mas sem lhes acoplar os necessários recursos financeiros.
Um exemplo: as câmaras municipais vão poder, a partir de agora, gerir o “estacionamento público”. Porreiro, pá! É um avanço transcendente na capacidade de auto-determinação do interior. Soem as trombetas! A partir de agora já não vai ser precisa uma assinatura prévia de um boy alfacinha para se poder decidir o estacionamento numa avenida em Moimenta da Beira ou em Mortágua.
2. Recomeçaram os avisos e as ameaças do ministro Cabrita: «evite coimas, limpe os 50 metros de terreno à volta da sua casa, e os 100 metros à volta da sua aldeia, até 15 de Março.»
É a mesma asneira do ano passado. Como se sabe, mato cortado tão cedo torna a crescer antes do Verão. Não se pode coimar a estupidez do legislador?
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