FB*
* Publicado hoje no Jornal do Centro
O Facebook foi criado em 2004 e atingiu o seu primeiro milhar de milhão de utilizadores em 2012, com 55% deles a usarem-no diariamente. E ainda não parou de crescer: agora já há mais de dois milhares de milhões de “feicebuqueiros” e 66% deles vão lá todos os dias.
Nenhum invento, nenhuma realização, nenhuma ideia, nada teve uma propagação tão rápida e avassaladora na história da humanidade como esta rede social.
O FB é um grande negócio que, depois de alguns anos em afinações, se tornou uma máquina de fazer dinheiro. Os lucros depois de impostos têm aumentado brutalmente: 2,9 mil milhões de dólares em 2014; 3,7 em 2015; 10,2 em 2016; e as projecções para 2017 apontam para um lucro líquido acima dos 16 mil milhões de dólares. Nos últimos três anos, os lucros mais que quadriplicaram.
Mas, ao fim e ao cabo, que raio de produto vende o FB? A resposta é curta e grossa e está logo no título de uma longa recensão de John Lancaster no London Review of Books: “You Are The Product”. É mesmo isso: nós somos o produto do FB, Mark Zuckerberg vende-nos aos anunciantes.
E, há uns anos, o New York Times fez as contas. A rede social ainda só tinha metade dos utilizadores que tem agora e, por dia, já lá eram gastos 39757 anos colectivos de trabalho à borla. É informação fornecida por nós que, depois de devidamente tratada pelos algoritmos da rede social, serve para vender aos anunciantes em publicidade personalizada.
Ao FB não interessa nada o conteúdo, se se trata de vídeos de gatinhos, memes com corações a sangrar ou notícias falsas. Ele limita-se a fazer o perfil de cada utilizador a partir da sua actividade na rede e a definir o público-alvo para cada anúncio.
Zuckerberg, no início deste ano, disse que ia tentar proteger o FB do “abuso, do ódio e da interferência dos estados” para que o tempo gasto nele “seja bem gasto.”
Ele tem esse poder. Mas será que tem mesmo vontade de perturbar a actividade poedeira desta galinha de ovos de ouro?
O Facebook foi criado em 2004 e atingiu o seu primeiro milhar de milhão de utilizadores em 2012, com 55% deles a usarem-no diariamente. E ainda não parou de crescer: agora já há mais de dois milhares de milhões de “feicebuqueiros” e 66% deles vão lá todos os dias.
Nenhum invento, nenhuma realização, nenhuma ideia, nada teve uma propagação tão rápida e avassaladora na história da humanidade como esta rede social.
O FB é um grande negócio que, depois de alguns anos em afinações, se tornou uma máquina de fazer dinheiro. Os lucros depois de impostos têm aumentado brutalmente: 2,9 mil milhões de dólares em 2014; 3,7 em 2015; 10,2 em 2016; e as projecções para 2017 apontam para um lucro líquido acima dos 16 mil milhões de dólares. Nos últimos três anos, os lucros mais que quadriplicaram.
Mas, ao fim e ao cabo, que raio de produto vende o FB? A resposta é curta e grossa e está logo no título de uma longa recensão de John Lancaster no London Review of Books: “You Are The Product”. É mesmo isso: nós somos o produto do FB, Mark Zuckerberg vende-nos aos anunciantes.
E, há uns anos, o New York Times fez as contas. A rede social ainda só tinha metade dos utilizadores que tem agora e, por dia, já lá eram gastos 39757 anos colectivos de trabalho à borla. É informação fornecida por nós que, depois de devidamente tratada pelos algoritmos da rede social, serve para vender aos anunciantes em publicidade personalizada.
Mark Zuckerberg |
Zuckerberg, no início deste ano, disse que ia tentar proteger o FB do “abuso, do ódio e da interferência dos estados” para que o tempo gasto nele “seja bem gasto.”
Ele tem esse poder. Mas será que tem mesmo vontade de perturbar a actividade poedeira desta galinha de ovos de ouro?
O FB e "amigos" são uns "olheiros"; uns "simpáticos" Big Brothers.
ResponderEliminarNão atino!
Diz-me muito mais um desejo que o Sr Gato aqui deixou no dia 1 de janeiro:
"E lembra-te, boa música todos os dias aqui neste blogue!
Isso sim, merece o meu tempo!
Sugestão para o vosso fim de semana:
O mundo sonoro das ”Girl Groups”, dos anos 60, é fascinante.
Já todos ouvimos as Supremes, as Ronettes, as Martha and the Vandellas, as Chantels, as Crystals ou as The Marvelettes, só para falar das mais conhecidas.
Mas, há muitas girls band (plano B) e com muita qualidade.
Hoje trago dois exemplos, e há boa maneira da época, um grupo de brancas e um grupo de negras.
The Murmaids - "Blue Dress"
https://youtu.be/LhAQdyn1sRE
Brancas, de LA, filhas de papás com guito…
The Ikettes – “Peaches 'n' Cream”
https://youtu.be/DBiS_KSEt6U
O grupo de apoio de Ike e Tina Turner, que também tentou ter “vida própria”.