Balanços*
*Publicado no Jornal do Centro há exactamente dez anos, em 4 de Janeiro de 2008
1. Acabo de folhear todas as edições do Jornal do Centro de 2007. Confesso que me demorei mais nas minhas 26 crónicas. O meu balanço é claro: o Olho de Gato podia e devia ter tido mais unhas. O Jornal do Centro também.
2. É importante olhar-se com mais atenção para as Assembleias Municipais que, com a nova lei das autarquias, vão ter um papel muito mais importante nos governos municipais. Infelizmente, a primeira metade do mandato da actual Assembleia Municipal de Viseu foi muito murcha.
O PSD não se renova. Ora fala Mota Faria e, depois, António Vicente, ora fala António Vicente e, depois, Mota Faria; ouvem-se uns Presidentes de Junta avulsos; é um coro grego em culto à personalidade de Fernando Ruas; para mal de Viseu, as palavras do Presidente da Câmara já não conseguem o impacto nacional que tinham antes do episódio das pedradas.
No PS pontifica o economês de João Cruz que recita o mesmo discurso insulso há mais de dez anos. Correia de Campos, metodicamente, mistura os papéis de ministro e de deputado municipal. Primeiro anulou a construção, já concursada, de um Centro de Saúde magnífico, junto ao Continente; agora fala nuns contentores para servirem de Unidades de Saúde Familiar.
O Bloco de Esquerda é incapaz de dizer algo que se oiça cá fora, é incapaz de uma ruptura: nem sequer foi capaz de quebrar a unanimidade nas Moções patéticas sobre a defunta Universidade de Viseu.
Da acção do CDS na Assembleia Municipal também não chegam ecos à imprensa.
3. Como se sabe, quando fraqueja a política, medram os interesses.
Portugal precisa de alma. Viseu ainda mais.
Um bom 2008.
Fotografia Olho de Gato |
O PSD não se renova. Ora fala Mota Faria e, depois, António Vicente, ora fala António Vicente e, depois, Mota Faria; ouvem-se uns Presidentes de Junta avulsos; é um coro grego em culto à personalidade de Fernando Ruas; para mal de Viseu, as palavras do Presidente da Câmara já não conseguem o impacto nacional que tinham antes do episódio das pedradas.
No PS pontifica o economês de João Cruz que recita o mesmo discurso insulso há mais de dez anos. Correia de Campos, metodicamente, mistura os papéis de ministro e de deputado municipal. Primeiro anulou a construção, já concursada, de um Centro de Saúde magnífico, junto ao Continente; agora fala nuns contentores para servirem de Unidades de Saúde Familiar.
O Bloco de Esquerda é incapaz de dizer algo que se oiça cá fora, é incapaz de uma ruptura: nem sequer foi capaz de quebrar a unanimidade nas Moções patéticas sobre a defunta Universidade de Viseu.
Da acção do CDS na Assembleia Municipal também não chegam ecos à imprensa.
3. Como se sabe, quando fraqueja a política, medram os interesses.
Portugal precisa de alma. Viseu ainda mais.
Um bom 2008.
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