MM*
* Texto publicado no Jornal do Centro há exactamente dez anos, em 2 de Março de 2007
1. Há dois anos, na sexta-feira anterior às eleições que iriam dar a maioria absoluta a José Sócrates, escrevi aqui no Olho de Gato: “Marques Mendes vai ter muito trabalho pela frente para compor o que a deserção de Barroso e a inanidade de Santana estragaram. Desejo-lhe sucesso porque Portugal precisa dum PSD responsável e com sentido de Estado.”
2. Marques Mendes (MM) libertou o PSD de figuras inapresentáveis como Isaltino Morais ou Valentim Loureiro. Essa coragem deu-lhe uma vitória muito expressiva nas Eleições Autárquicas. A seguir, MM contribuiu para que Cavaco ganhasse as Presidenciais à primeira volta. O seu primeiro grande erro político aconteceu agora no Referendo de 11 de Fevereiro.
Assisti a um debate sobre o aborto na Assembleia Municipal de Viseu, na semana anterior ao referendo.
Do lado do PS, Correia de Campos foi duas vezes à tribuna dizer que em Portugal, por ano, há “18 mil, 20 mil, 30 mil abortos clandestinos”. Disse assim. Com este “rigor” matemático. Duas vezes.
Quanto ao PSD, as intervenções de Pedro Alves, Mota Faria e António Vicente não me deixaram dúvidas: o PSD profundo estava mobilizado para o “não”.
Ao afastar-se da sua tradicional posição de neutralidade sobre o aborto, o PSD colou-se à derrota desnecessariamente. Apesar deste “passo em falso”, o trabalho de MM, globalmente, ainda merece avaliação positiva.
3. A mais recente publicação da Câmara Municipal de Viseu tem quatro páginas e um título modernaço: chama-se “Newsletter”. Não a deixe de ler. Apesar do título, é em português.
Na última página, pode apreciar a enésima versão da “fotografia-tipo” dos eventos da CMV: Fernando Ruas com o infatigável Vereador Lemos à ilharga. Ambos de mãos nos bolsos.
Fotografia daqui |
2. Marques Mendes (MM) libertou o PSD de figuras inapresentáveis como Isaltino Morais ou Valentim Loureiro. Essa coragem deu-lhe uma vitória muito expressiva nas Eleições Autárquicas. A seguir, MM contribuiu para que Cavaco ganhasse as Presidenciais à primeira volta. O seu primeiro grande erro político aconteceu agora no Referendo de 11 de Fevereiro.
Assisti a um debate sobre o aborto na Assembleia Municipal de Viseu, na semana anterior ao referendo.
Do lado do PS, Correia de Campos foi duas vezes à tribuna dizer que em Portugal, por ano, há “18 mil, 20 mil, 30 mil abortos clandestinos”. Disse assim. Com este “rigor” matemático. Duas vezes.
Quanto ao PSD, as intervenções de Pedro Alves, Mota Faria e António Vicente não me deixaram dúvidas: o PSD profundo estava mobilizado para o “não”.
Ao afastar-se da sua tradicional posição de neutralidade sobre o aborto, o PSD colou-se à derrota desnecessariamente. Apesar deste “passo em falso”, o trabalho de MM, globalmente, ainda merece avaliação positiva.
3. A mais recente publicação da Câmara Municipal de Viseu tem quatro páginas e um título modernaço: chama-se “Newsletter”. Não a deixe de ler. Apesar do título, é em português.
Na última página, pode apreciar a enésima versão da “fotografia-tipo” dos eventos da CMV: Fernando Ruas com o infatigável Vereador Lemos à ilharga. Ambos de mãos nos bolsos.
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