Para o sul de carro*
* Texto publicado no Jornal do Centro há exactamente dez anos, em 16 de Fevereiro de 2007
1. Com a campanha do referendo a monopolizar as atenções, não foi dado o devido relevo às declarações de Alfredo Marques, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), publicadas na edição de 1 de Fevereiro do Jornal de Notícias.
O presidente da CCDRC informou que vai ser feito um concurso público para construção e exploração da auto-estrada entre Viseu e Coimbra e que ela vai ser concessionada a operadores privados e vai ter portagens.
Como o governo não prevê a candidatura desta obra a verbas do QREN, percebe-se, ao longo do artigo do JN, uma enorme ansiedade de Alfredo Marques. Ele quer, à viva força, “vender” a auto-estrada a privados.
Quanto ao traçado, assunto sempre muito melindroso, é melhor ficarmos com as suas palavras exactas: "Vai ter um novo traçado, pelo menos, numa parte do trajecto".
2. Estas são notícias importantes mas não são boas notícias. Foi por isso que não apareceu nenhum político conhecido a dá-las e teve que ser o Presidente da CCDRC a vir dar a cara.
É péssimo esta obra não receber fundos comunitários. Mas não surpreende. Como é sabido, José Junqueiro, o sempiterno líder do PS-Viseu, pesa pouco junto do governo. Os socialistas de Coimbra pesam mais de certeza mas, para Coimbra, esta obra não é tão vital como é para Viseu.
E agora? Que fazer?
Penso que o interesse público impõe que se façam chegar ao governo duas ideias claras e razoáveis:
i) Precisamos com urgência duma auto-estrada entre Viseu e Coimbra com traçado completamente novo e com portagens.
ii) O IP3 deve ser deixado integralmente como está, para servir de alternativa a quem não queira pagar portagens.
1. Com a campanha do referendo a monopolizar as atenções, não foi dado o devido relevo às declarações de Alfredo Marques, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), publicadas na edição de 1 de Fevereiro do Jornal de Notícias.
O presidente da CCDRC informou que vai ser feito um concurso público para construção e exploração da auto-estrada entre Viseu e Coimbra e que ela vai ser concessionada a operadores privados e vai ter portagens.
Como o governo não prevê a candidatura desta obra a verbas do QREN, percebe-se, ao longo do artigo do JN, uma enorme ansiedade de Alfredo Marques. Ele quer, à viva força, “vender” a auto-estrada a privados.
Fotografia daqui |
2. Estas são notícias importantes mas não são boas notícias. Foi por isso que não apareceu nenhum político conhecido a dá-las e teve que ser o Presidente da CCDRC a vir dar a cara.
É péssimo esta obra não receber fundos comunitários. Mas não surpreende. Como é sabido, José Junqueiro, o sempiterno líder do PS-Viseu, pesa pouco junto do governo. Os socialistas de Coimbra pesam mais de certeza mas, para Coimbra, esta obra não é tão vital como é para Viseu.
E agora? Que fazer?
Penso que o interesse público impõe que se façam chegar ao governo duas ideias claras e razoáveis:
i) Precisamos com urgência duma auto-estrada entre Viseu e Coimbra com traçado completamente novo e com portagens.
ii) O IP3 deve ser deixado integralmente como está, para servir de alternativa a quem não queira pagar portagens.
Mais uma boa análise sobre a estrada da Merda neste país da Treta!
ResponderEliminar10 anos depois, o que mudou?
ZERO!
Conclusão: não há vontade política para a requalificação urgente e prioritária do I P 3. Só conversa e notícia de jornal.
O politicamente correcto é das coisas mais estúpidas do mundo. Chiça!
Recordação pertinente, acho eu.
Para “amaciar” a irritação, uma musiquinha…
Post Industrial Boys – “take a walk on the wild side”
https://youtu.be/cMjCcub-mm8