Viseu, cidade das histórias *
* Texto publicado hoje no Jornal do Centro
1. Há exactamente três anos, este jornal fez uma semana de pausa para reformulação, o que deixou um Olho de Gato só em edição electrónica. Para que haja também edição em papel, com algumas adaptações e tesourações, retomo agora esse texto que na altura foi escrito na forma de uma carta a António Almeida Henriques que tinha acabado de tomar posse.
2. Caro presidente da câmara municipal de Viseu:
No seu discurso de tomada de posse disse que “Viseu reúne condições para ser um 'Destino de Eventos', uma 'Cidade de Estórias' e um pólo de actividades criativas e fixação de talentos.”
Sem dúvida: a cultura pode ser “um investimento e não um custo” e temos uma “espontânea geração de criadores, programadores e artistas aqui radicados”.
Contudo, saber/fazer/promover cultura como fazem os nossos agentes culturais não é o mesmo que ter uma política cultural, isto é: ter uma acção no espaço público e com recursos públicos capaz de promover o bem comum. Isso compete aos políticos eleitos.
Não podendo nem devendo um município assumir o papel de operador de gosto, ele deve, ainda assim, ter uma visão integradora, abrangente, desinibida e cosmopolita do que quer na cultura.
Numa iniciativa da campanha do PS das últimas autárquicas defendi que toda a actividade cultural do município devia ser pensada e integrada no lema “Viseu, cidade das histórias”.
Quando, no seu discurso, referiu “Cidade de Estórias” parecia apontar nessa direcção. Penso que esta ideia — “Viseu, cidade das histórias” — tem pernas para andar e pode ser uma nossa marca distintiva, tornando-nos conhecidos no país e no mundo, se as coisas forem feitas com profissionalismo, competência e talento.
Por duas razões:
(i) porque é original, não conheço nenhum município com essa visão global para a sua oferta cultural;
(ii) porque toda a gente, de todas as idades e condições sociais, gosta de histórias, e todas as actividades culturais contam histórias.
1. Há exactamente três anos, este jornal fez uma semana de pausa para reformulação, o que deixou um Olho de Gato só em edição electrónica. Para que haja também edição em papel, com algumas adaptações e tesourações, retomo agora esse texto que na altura foi escrito na forma de uma carta a António Almeida Henriques que tinha acabado de tomar posse.
2. Caro presidente da câmara municipal de Viseu:
António Almeida Henriques, discurso de tomada de posse, 22 de Outubro de 2013 |
Sem dúvida: a cultura pode ser “um investimento e não um custo” e temos uma “espontânea geração de criadores, programadores e artistas aqui radicados”.
Contudo, saber/fazer/promover cultura como fazem os nossos agentes culturais não é o mesmo que ter uma política cultural, isto é: ter uma acção no espaço público e com recursos públicos capaz de promover o bem comum. Isso compete aos políticos eleitos.
Não podendo nem devendo um município assumir o papel de operador de gosto, ele deve, ainda assim, ter uma visão integradora, abrangente, desinibida e cosmopolita do que quer na cultura.
Numa iniciativa da campanha do PS das últimas autárquicas defendi que toda a actividade cultural do município devia ser pensada e integrada no lema “Viseu, cidade das histórias”.
Quando, no seu discurso, referiu “Cidade de Estórias” parecia apontar nessa direcção. Penso que esta ideia — “Viseu, cidade das histórias” — tem pernas para andar e pode ser uma nossa marca distintiva, tornando-nos conhecidos no país e no mundo, se as coisas forem feitas com profissionalismo, competência e talento.
Por duas razões:
(i) porque é original, não conheço nenhum município com essa visão global para a sua oferta cultural;
(ii) porque toda a gente, de todas as idades e condições sociais, gosta de histórias, e todas as actividades culturais contam histórias.
Comentários
Enviar um comentário