Nada muda para melhor na Escola Pública — diz o JB *
* Comentário de JB ao post de ontem "Um seixo em cada mão"
Venho em paz e não trago "um seixo em cada mão"!
Gosto muito da Julianne Moore e da pergunta do gift!
Sem querer ser injusto, ou extemporâneo, para com a “esforçada” equipa ministerial, os sindicatos e as associações representativas de professores, ainda não consegui perceber os motivos, as razões, as causas, dos professores continuarem com expectativas nas alterações estruturais na vida escolar.
Modificado o sistema de colocação dos professores (com o fim das bolsas de contratação) e com muitas promessas de novidades, o que verdadeiramente se alterou no quotidiano escolar?
Continuam a viver num mundo de “regras” ao sabor do tempo: direcção de turma com uma carga burocrática sem fim, apoios, reuniões, actas, encaminhamento de alunos, levantamento de processos disciplinares, 30 alunos por turma, as horas de redução de idade a serem camufladas como componente lectiva, cortes no vencimento, o congelamento das carreiras, o aumento de horas de trabalho nas escolas, a imposição dos mega-agrupamentos, uma organização escolar hierarquizada e onde os professores não têm poder de participação, e do que mais poderia falar…
A convicção que passa é que o PS nunca alterará nada. “Vai pondo camadas em cima, adoça as coisas com pedagogias diferenciadas, corte nos currículos, flexibilidades a rodos, apoios a rodos, afectos e beijos”, no que diz respeito à organização da Escola Pública.
Honestamente vejo o tempo a passar, as palavras a voarem e nada muda para melhor!
É que elas podem não matar, mas moem.
E saturam, MUITO!
Venho em paz e não trago "um seixo em cada mão"!
Gosto muito da Julianne Moore e da pergunta do gift!
Sem querer ser injusto, ou extemporâneo, para com a “esforçada” equipa ministerial, os sindicatos e as associações representativas de professores, ainda não consegui perceber os motivos, as razões, as causas, dos professores continuarem com expectativas nas alterações estruturais na vida escolar.
Modificado o sistema de colocação dos professores (com o fim das bolsas de contratação) e com muitas promessas de novidades, o que verdadeiramente se alterou no quotidiano escolar?
Continuam a viver num mundo de “regras” ao sabor do tempo: direcção de turma com uma carga burocrática sem fim, apoios, reuniões, actas, encaminhamento de alunos, levantamento de processos disciplinares, 30 alunos por turma, as horas de redução de idade a serem camufladas como componente lectiva, cortes no vencimento, o congelamento das carreiras, o aumento de horas de trabalho nas escolas, a imposição dos mega-agrupamentos, uma organização escolar hierarquizada e onde os professores não têm poder de participação, e do que mais poderia falar…
Daqui |
Honestamente vejo o tempo a passar, as palavras a voarem e nada muda para melhor!
É que elas podem não matar, mas moem.
E saturam, MUITO!
JB
Tenho o hábito de passar por este blog, bem construído e sempre com boas descobertas.
ResponderEliminarEste texto não me deixou indiferente e apesar de não ser professor, e de não ter qualificações para falar sobre educação, constato que basta ter amigos professores, ou familiares, para se perceber (nas conversas) que é uma profissão em acelerada desmobilização, saturação e burnout.
As expectativas de mudança voltaram a ser altas? Não sei. O que sei é que o PS (e quem o apoia) correm o risco político de perder as eleições, quando a “multidão acordar”. O murmurar dos cafés e das conversas irá desaguar na rua. É uma questão de tempo. Já aconteceu e pode tornar a acontecer. Não é uma ameaça. É uma constatação e uma previsão.
O PS parece não ter percebido, verdadeiramente, o que se passou no tempo de Maria de Lurdes Rodrigues e que esta segunda oportunidade é a derradeira. O discurso híbrido do Ministro não é bom augúrio e devia ser motivo de reflexão política.
Votos de bons poemas e melhores discussões.
Muito obrigado, caro Rui Monteiro
ResponderEliminarEste modesto estabelecimento vai continuar na mesma.
Tendo a concordar: o PS não percebeu o desastre ecológico que o marilurdismo causou nas escolas.
Quem não percebe tende a cometer os mesmos erros.
Abraço