Muhammed Saeed al-Sahaf *
* Texto publicado no Jornal do Centro há exactamente quatro anos, em 7 de Maio de 2010
1. A crise do euro agudizou-se muito. Enquanto estiveram em causa somente a Grécia e Portugal, não havia risco sistémico para a divisa europeia. Mas quando começaram a cair os primeiros estilhaços sobre a Espanha, Angela Merkel teve que se mexer.
Aconteceu um cenário político de pesadelo para ela: ter que passar o cheque antes das eleições na Renânia-Westfália do próximo domingo. É que os eleitores alemães querem tudo menos continuarem a pagar a corrupção dos países do sul e vão votar muito zangados.
2. Desconfiança dos mercados. Ratings a cair. Ministros das finanças, uma espécie de donas Brancas de gravata, a pedirem empréstimos novos para pagarem empréstimos antigos. Tudo ingredientes para o desastre.
Os 110 mil milhões de euros para a Grécia tentam comprar tempo – tempo que, agora, já não é só um tempo grego.
Merece ser lido o discurso de “sangue, suor e lágrimas” que o primeiro-ministro grego fez em 1 de Maio. É um discurso feito por um homem atropelado pela história, um homem que governa um país com a independência condicionada.
O “novo patriotismo” de que fala Papandreou, assente na “meraki” (dedicação ao esforço) e no “filotimo” (sentido do dever), é uma miragem e uma angústia.
As ordens, agora, vêm de fora. E o fardo vai cair, como de costume, sobre os do costume.
3. É imperdível a reportagem da Dão TV sobre a visita a Viseu do secretário de estado Valter Lemos. [3'15'']
O blogue “Viseu, Senhora da Beira”, ao ver aquilo, lembrou-se do ministro de propaganda de Saddam, o pândego Muhammed Saeed al-Sahaf.
O sr. Valter Lemos, com a sua cavilosa incompetência, pôs a educação em pantanas no anterior governo. No actual governo tem a tutela do maior problema do país: o desemprego.
As coisas vão, evidentemente, correr mal.
Imagem daqui |
Aconteceu um cenário político de pesadelo para ela: ter que passar o cheque antes das eleições na Renânia-Westfália do próximo domingo. É que os eleitores alemães querem tudo menos continuarem a pagar a corrupção dos países do sul e vão votar muito zangados.
2. Desconfiança dos mercados. Ratings a cair. Ministros das finanças, uma espécie de donas Brancas de gravata, a pedirem empréstimos novos para pagarem empréstimos antigos. Tudo ingredientes para o desastre.
Os 110 mil milhões de euros para a Grécia tentam comprar tempo – tempo que, agora, já não é só um tempo grego.
Merece ser lido o discurso de “sangue, suor e lágrimas” que o primeiro-ministro grego fez em 1 de Maio. É um discurso feito por um homem atropelado pela história, um homem que governa um país com a independência condicionada.
O “novo patriotismo” de que fala Papandreou, assente na “meraki” (dedicação ao esforço) e no “filotimo” (sentido do dever), é uma miragem e uma angústia.
As ordens, agora, vêm de fora. E o fardo vai cair, como de costume, sobre os do costume.
3. É imperdível a reportagem da Dão TV sobre a visita a Viseu do secretário de estado Valter Lemos. [3'15'']
O blogue “Viseu, Senhora da Beira”, ao ver aquilo, lembrou-se do ministro de propaganda de Saddam, o pândego Muhammed Saeed al-Sahaf.
O sr. Valter Lemos, com a sua cavilosa incompetência, pôs a educação em pantanas no anterior governo. No actual governo tem a tutela do maior problema do país: o desemprego.
As coisas vão, evidentemente, correr mal.
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