Caro António José Seguro, vai fazer exactamente o quê nas portagens?
O "Contrato de Confiança", dado a conhecer pelo PS em 17 de Maio, tem 80 "compromissos", quase todos escritos naquela língua de trapo a que se costuma chamar "politiquês".
No que se refere às auto-estradas, eis o quinquagésimo compromisso:
50.
Reavaliação global de modo a introduzir equidade no pagamento da utilização das vias
rodoviárias portajadas e coerência de acordo com o estímulo ao dinamismo económico e à criação do emprego.
Estas trinta palavras, em português, querem dizer o quê?
No que se refere às auto-estradas, eis o quinquagésimo compromisso:
50.
Reavaliação global de modo a introduzir equidade no pagamento da utilização das vias
rodoviárias portajadas e coerência de acordo com o estímulo ao dinamismo económico e à criação do emprego.
Estas trinta palavras, em português, querem dizer o quê?
Paleio de político, vazio de conteúdo para enganar o povo.
ResponderEliminarPonto um e único: estou completamente à vontade para escrever sobre o PS pois a minha divergência e afastamento decorre da construção de um Partido Socialista Socrático que traiu por completo as minhas expectativas e confiança.
ResponderEliminarSeguro cometeu o erro crasso de não ter feito um post-mortem à governação de Sócrates, permitindo que o discurso da Direita ocupasse todo o espaço político. Seguro deveria ter assumido abertamente as críticas a Sócrates e dizer que o PS iria aprender com os erros do passado, mas não o fez.
Uma avaliação do que correu bem e mal, aberta e frontal, teria sido muitíssimo bem vinda. Critico, e muito, a ausência de crítica aberta e sobretudo o silêncio total, que deixou e deixa sem qualquer contraditório as acusações constantes do governo e afins ao anterior governo. A atual direção do PS foi a principal responsável pela legitimação da narrativa do PSD e do CDS acerca da crise. Só recordo isto: não foi a União Europeia a incentivar uma resposta "despesista" à crise, tendo mudado depois de agulha e deixando à sua sorte quem ficou mais exposto aos mercados?
Reconheço que há um problema europeu, de todos os partidos de tradição social-democrata na Europa, onde naturalmente o PS está incluído: a incapacidade dos partidos sociais-democratas oferecerem alternativas á direita. A social-democracia europeia esqueceu um bocado o social, mas esqueceu ainda mais a democracia….
A abertura de Seguro a Assis é inconsequente e Seguro, nos momentos críticos e decisivos, cede sempre em mais um acordo com esta gente que nos governa.
Misturar intenções de âmbito nacional, no decurso de uma campanha para a europeias é enganar a população e prometer «não aumentar a carga fiscal na próxima legislatura» é prometer a verdade?
Terá o PS capacidade, liderança e ideias para defender os valores que apregoa?
Caro JB
EliminarAs organizações têm a sua filigrana — é da tradição que as rupturas com o passado são normalmente protagonizadas por sucessores ou delfins do ex-líder e nunca por um opositor do mesmo.
Estes normalmente mantêm o status-quo.
Acresce que Seguro nunca age politicamente, só reage, e assenta o seu poder no aparelho intermédio mais encardido e imobilista do PS.
O autoritarismo negocista do PS socrático era mau, o PS pós-socrático mete dó.
Enfim. Hão-de vir dias melhores.
Abraço