Um Mario Monti do professor Cavaco?
Escrevo este post num momento em que ainda não se sabe quando o presidente da república recebe o primeiro-ministro que acaba de lhe pedir uma reunião urgente.
Muitas vezes se escreveu aqui sobre os bloqueios institucionais da terceira república.
Em Portugal, para se resolver uma crise política, demora-se uma eternidade e os partidos raramente estabelecem compromissos.
Como Pedro Passos Coelho e António José Seguro não fizeram o que deviam ter feito em matéria de revisão constitucional, uma eleições antecipadas deixam Portugal meio ano sem governo.
Deixam Portugal sem governo e sem dinheiro — não esquecer que a Troika ainda não libertou a sétima tranche, ficou à espera da deliberação do Tribunal Constitucional.
Que poderá fazer agora Cavaco? Reconvidar Pedro Passos Coelho se ele apresentar a sua demissão? Fazer um convite parecido com o que fez Giorgio Napolitano em 12 de Novembro de 2011 quando a Itália ficou bloqueada politicamente?
Acrescenta-se uma coisa básica: o acórdão de ontem não vai levar a um aumento contracíclico de consumo por parte dos funcionários e aposentados.
As pessoas são sensatas e já interiorizaram a necessidade de diminuir o consumo.
Os políticos é que ainda não interiorizaram isso.
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