Parque escolar — descanse mas não em paz

Na capa do I. de hoje

          As construções escolares tinham procedimentos rotinados nas direcções regionais de educação com décadas de know-how em projectos e na utilização parcimoniosa  de fundos comunitários.

     Sua excelência o centralismo decidiu deitar ao caixote de lixo esse saber das direcções regionais e criou a Parque Escolar, que começou por entregar resmas de projectos de arquitectura por ajuste directo, gastando o dinheiro dos nossos impostos como não houvesse amanhã, a usar mármores e madeiras nobres em escolas, exactamente na mesma altura em que Portugal se afundava na pré-bancarrota.

     Sem sair aqui deste modesto estabelecimento, confira-se aqui e aqui como eram os usos da Parque Escolar.

     Segundo o jornal I., o governo pretende agora fechar a Parque Escolar. Muito bem. Vale mais tarde do que nunca. O problema é que fechar a empresa é mais fácil do que fazer desaparecer os buracos criados por ela.

     De qualquer forma, apurem-se responsabilidades. Que quem gastou assim o dinheiro público não descanse em paz.

Adenda em 11/3/2012: a auditoria da IGF à Parque Escolar pode ser lida aqui.

Comentários

  1. Não haverá em Portugal um qualquer Garzon que faça sentar esses rufias no mocho do tribunal?
    Torneiras de 400Euros? mas que é isso? Arquitectos que propõem, decisores que aceitam e o Zé que pague!
    Ar condicionado quase novo para o lixo (lixo talvez não) porque aplicar outro dá nova comissão... Haja vergonha! não havendo, que venha a justiça.

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