2012, o ano da grande mudança geopolítica mundial *
* Numa tradução às pancadas, transcrevem-se para aqui dois excertos do Geab nº 61, o boletim de Janeiro do Laboratório Europeu de Antecipação Política
Matt - Telegraph, 14/1/2012 |
1. A descida de rating feita pela Standard & Poor's à maioria dos países da eurozona é o exemplo típico das últimas tentativas, impulsionadas pela Wall Street e pela City, e as suas insaciáveis necessidades de financiamento; os Estados Unidos e o Reino Unido estão à beira de se empenharem numa guerra financeira com os seus últimos aliados — os europeus.
Isso é um suicídio geopolítico porque esta atitude obriga a Eurozona a reforçar-se e a integrar-se ainda mais, afastando-se dos Estados Unidos e do Reino Unido; ao mesmo tempo que a maioria dos líderes da Eurozona e as suas populações se apercebem que existe uma guerra transatlântica e através do Canal da Mancha dirigida contra eles.
2. A grande mudança em 2012 é também a dos povos, 2012 vai ser também o ano da raiva popular. As pessoas vão entrar massivamente na crise sistémica global. O ano de 2011 foi do "pré-aquecimento" em que os pioneiros testaram os melhores métodos e estratégias.
2. A grande mudança em 2012 é também a dos povos, 2012 vai ser também o ano da raiva popular. As pessoas vão entrar massivamente na crise sistémica global. O ano de 2011 foi do "pré-aquecimento" em que os pioneiros testaram os melhores métodos e estratégias.
Em 2012, os povos vão assumir-se como a força motriz das maiores mudanças que vão caracterizar este ano-charneira. Farão isso de uma maneira pro-activa porque vão criar as condições das mudanças políticas decisivas através de eleições ( como vai ser o caso em França com a saída de Nicolás Sarkozy), ou através de manifestações massivas (nos Estados Unidos, no mundo árabe, no Reino Unido e na Rússia).
E também o vão fazer de uma forma mais passiva gerando medo nos seus dirigentes, obrigando-os a terem uma atitude mais "preventiva" para evitarem choques políticos maiores (será o caso da China e vários países europeus).
Em ambos os casos — seja o que for que as elites em pânico desses países pensem —, este é um fenómeno positivo porque nada de importante ou duradouro poderá emergir da crise se as pessoas, se os povos não se envolverem.
E também o vão fazer de uma forma mais passiva gerando medo nos seus dirigentes, obrigando-os a terem uma atitude mais "preventiva" para evitarem choques políticos maiores (será o caso da China e vários países europeus).
Em ambos os casos — seja o que for que as elites em pânico desses países pensem —, este é um fenómeno positivo porque nada de importante ou duradouro poderá emergir da crise se as pessoas, se os povos não se envolverem.
Comentários
Enviar um comentário