«A divisão entre uma abordagem ética da vida e uma abordagem egoísta da vida é de longe mais fundamental do que a diferença entre as políticas de direita e de esquerda.»
"Mais importante do que interpretar o mundo é contribuir para transformá-lo" (Karl Marx)
Parece-me ser esta uma visão da esquerda, o que se assemelha à abordagem ética da vida contrariamente ao capitalismo incontornável e ao "salve-se quem puder".
Maria José: A ética de Peter Singer não coloca o homem no centro do mundo - valoriza a natureza e os outros seres vivos, Ele é um dos campeões da defesa dos animais, por exemplo. E, de facto, «uma das desgraças maiores - do ponto de vista de uma ecologia do espírito - foi o de situar [o homem] no centro do universo». Este "entre-aspas" li-o ontem à tarde em Fernando Gil- Portugal, Hoje, o Medo de Existir, p. 101. Este descentrar do egoísmo do "homem-centro-do-universo" é necessário - até porque a "transformação do mundo" que foi empreendida em nome de Marx levou aos maiores pesadelos. ;)
Não conhecia a ética de Peter Singer (é muito recente e eu estou tão cota!:) ) , mas após uma rápida pesquisa, julgo que entendi a sua filosofia. Concordo em parte com ela. Porém, choca-me o facto de defender que a humanidade deveria ser esterilizada para que esta geração fosse a última...!?
Também não concordo em absoluto com a filosofia de Marx e discordo do uso da violência. O que me levou a parafraseá-lo foi efectivamente a interpretação que eu própria faço dela. Concluo, pensando: Sem extremismos... para onde caminhamos? Resta-nos a utopia!?
Olá, Maria José: Eis o pensamento de Peter Singer em 4 partes muito, muito, muito resumido:
«1. A dor é má e quantidades similares de dor são igualmente más, seja quem for aquele que sofre.(...)
2. Os seres humanos não são os únicos seres capazes de sentir dor ou de sofrer. A maior parte dos animais não humanos ― entre os quais se incluem inquestionavelmente todos os mamíferos e aves que costumamos comer, como vacas, porcos, ovelhas e galinhas — pode sentir dor. (...)
3. Quando consideramos a gravidade de tirar uma vida, não devemos olhar para a raça, sexo ou espécie do ser em questão, mas para as características do ser individual que pode ser morto, como, por exemplo, os seus próprios desejos a respeito de continuar a viver ou o género de vida que ele poderá vir a ter.
4. Somos responsáveis não só por aquilo que fazemos, mas também por aquilo que poderíamos ter impedido.»
"Mais importante do que interpretar o mundo é contribuir para transformá-lo" (Karl Marx)
ResponderEliminarParece-me ser esta uma visão da esquerda, o que se assemelha à abordagem ética da vida contrariamente ao capitalismo incontornável e ao "salve-se quem puder".
Kisses
Maria José:
ResponderEliminarA ética de Peter Singer não coloca o homem no centro do mundo - valoriza a natureza e os outros seres vivos,
Ele é um dos campeões da defesa dos animais, por exemplo.
E, de facto, «uma das desgraças maiores - do ponto de vista de uma ecologia do espírito - foi o de situar [o homem] no centro do universo».
Este "entre-aspas" li-o ontem à tarde em Fernando Gil- Portugal, Hoje, o Medo de Existir, p. 101.
Este descentrar do egoísmo do "homem-centro-do-universo" é necessário - até porque a "transformação do mundo" que foi empreendida em nome de Marx levou aos maiores pesadelos.
;)
Olá Alex!
ResponderEliminarNão conhecia a ética de Peter Singer (é muito recente e eu estou tão cota!:) ) , mas após uma rápida pesquisa, julgo que entendi a sua filosofia. Concordo em parte com ela. Porém, choca-me o facto de defender que a humanidade deveria ser esterilizada para que esta geração fosse a última...!?
Também não concordo em absoluto com a filosofia de Marx e discordo do uso da violência. O que me levou a parafraseá-lo foi efectivamente a interpretação que eu própria faço dela.
Concluo, pensando: Sem extremismos... para onde caminhamos?
Resta-nos a utopia!?
Olá, Maria José:
ResponderEliminarEis o pensamento de Peter Singer em 4 partes muito, muito, muito resumido:
«1. A dor é má e quantidades similares de dor são igualmente más, seja quem for aquele que sofre.(...)
2. Os seres humanos não são os únicos seres capazes de sentir dor ou de
sofrer. A maior parte dos animais não humanos ― entre os quais se incluem
inquestionavelmente todos os mamíferos e aves que costumamos comer, como vacas, porcos, ovelhas e galinhas — pode sentir dor. (...)
3. Quando consideramos a gravidade de tirar uma vida, não devemos olhar
para a raça, sexo ou espécie do ser em questão, mas para as características do ser individual que pode ser morto, como, por exemplo, os seus próprios desejos a respeito de continuar a viver ou o género de vida que ele poderá vir a ter.
4. Somos responsáveis não só por aquilo que fazemos, mas também por
aquilo que poderíamos ter impedido.»
O quarto é o eticamente mais esmagador.
;)