Tripes

Performance "O azul sangrento do boulevard" (1983)
Fotografia de José Fernandes Carrilho Gomes



A cassete emperrada após
o azul sangrento do boulevard,
falando de guitarras 
em celulóides e heróis 
no deserto e outras
carícias passadas no comboio
que te levava para LA.
Novas feridas na tua alma, 
talvez dia e noite, 
neo-pop melodia
ainda golpe na linha apagada e tímida.
Chama-me ao rendez-vous no prédio
de chamas pintadas e sexo no vão de escadas.
E contudo, lamento
o ego alienado do escancarado vampiro.
Oh! Love now or never.

Eduardo Arimateia



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