Gargantas fundas*
* Texto publicado hoje no Jornal do Centro
1. António Costa, à semelhança do que fez no anterior orçamento de estado, há-de ter deixado entre trinta a quarenta milhões de ossos, perdão, de euros, para ATL dos deputados na próxima discussão na especialidade do OE.
Para já, a ideia mais ridícula pertence à socialista Helena Roseta, que quer criar um subsídio para senhorios pobres impedidos por lei de subir as rendas. Os deputados, para fazerem prova de vida, costumam ligar o complicómetro: em vez de subsídios às rendas, subsídios aos senhorios.
Outras ideias esdrúxulas como esta vão jorrar daquelas cabeças.
2. Corria pacato o mês de Julho, quando o jornal Público titulou, na primeira página e em letras grandes: “Cavaco estraga unanimidade do Conselho de Estado sobre sanções”. A notícia veio a revelar-se falsa, o ex-PR não referiu nunca as putativas sanções.
Como se sabe, as sessões do Conselho de Estado são à porta fechada e os seus membros têm o dever de sigilo. Alguém embarretou o jornal mas este não pediu desculpa aos leitores, nem revelou, como devia ter feito, o nome da sua garganta funda aldrabona.
Semanas depois, igual barrete calhou ao Jornal de Notícias ao ter publicado informação falsa acerca de um juiz que tinha decidido uma providência cautelar a favor dos colégios privados.
Este caso não se passou na Venezuela, passou-se em Portugal: uma “fonte ligada ao governo” (assim o reconheceu o jornal em editorial) conspirou contra um juiz, ainda por cima com aldrabices. O JN pediu desculpa aos leitores e ao visado, mas também não divulgou o nome da garganta funda mentirosa.
Esta semana o El País divulgou o audio de várias intervenções feitas, à porta fechada, na importantíssima sessão do comité federal do PSOE que decidiu deixar passar um governo Rajoy.
Neste caso a garganta funda do El País não mentiu. Limitou-se a ter as pilhas carregadas do gravador de bolso para mostrar aos aparelhistas dos partidos que já não há o “cá dentro” e o “lá fora”.
1. António Costa, à semelhança do que fez no anterior orçamento de estado, há-de ter deixado entre trinta a quarenta milhões de ossos, perdão, de euros, para ATL dos deputados na próxima discussão na especialidade do OE.
Para já, a ideia mais ridícula pertence à socialista Helena Roseta, que quer criar um subsídio para senhorios pobres impedidos por lei de subir as rendas. Os deputados, para fazerem prova de vida, costumam ligar o complicómetro: em vez de subsídios às rendas, subsídios aos senhorios.
Outras ideias esdrúxulas como esta vão jorrar daquelas cabeças.
2. Corria pacato o mês de Julho, quando o jornal Público titulou, na primeira página e em letras grandes: “Cavaco estraga unanimidade do Conselho de Estado sobre sanções”. A notícia veio a revelar-se falsa, o ex-PR não referiu nunca as putativas sanções.
Como se sabe, as sessões do Conselho de Estado são à porta fechada e os seus membros têm o dever de sigilo. Alguém embarretou o jornal mas este não pediu desculpa aos leitores, nem revelou, como devia ter feito, o nome da sua garganta funda aldrabona.
Semanas depois, igual barrete calhou ao Jornal de Notícias ao ter publicado informação falsa acerca de um juiz que tinha decidido uma providência cautelar a favor dos colégios privados.
Este caso não se passou na Venezuela, passou-se em Portugal: uma “fonte ligada ao governo” (assim o reconheceu o jornal em editorial) conspirou contra um juiz, ainda por cima com aldrabices. O JN pediu desculpa aos leitores e ao visado, mas também não divulgou o nome da garganta funda mentirosa.
Esta semana o El País divulgou o audio de várias intervenções feitas, à porta fechada, na importantíssima sessão do comité federal do PSOE que decidiu deixar passar um governo Rajoy.
Neste caso a garganta funda do El País não mentiu. Limitou-se a ter as pilhas carregadas do gravador de bolso para mostrar aos aparelhistas dos partidos que já não há o “cá dentro” e o “lá fora”.
Para quem não sabe o que é ser demagogo em política, têm aqui um exemplo de primeira linha:
ResponderEliminarLeitão Amaro no Parlamento, o Passos Coelho e Miguel Morgado na imprensa, dizem que são contra a privatização da CGD. Que "o PSD é contra a privatização da CGD", que "o PSD não se conforma com essa decisão".
Objectivo político: colocar a opinião pública a favor da privatização da Caixa.
CIRCOOOO CARDINALIIIII
José Simões (adaptado)
E neste caso: "Há Gargantas Fundas?"
ResponderEliminar"Não há presos políticos" em Cuba, diz embaixadora em Lisboa.
Pois,são utentes de "banhos públicos"....!!!!
http://www.tsf.pt/internacional/interior/nao-ha-presos-politicos-em-cuba-diz-embaixadora-em-lisboa-5462485.html