Caras tapadas*
* Texto publicado hoje no Jornal do Centro
1. A Feira de S. Mateus soube reinventar-se, está melhor, tem uma programação civilizada, há mais espaço para as pessoas. O regresso do Picadeiro merece aplauso.
Já a velha conversa que corre por aí do “vamos-chegar-ao-milhão-de-visitantes” só interessa mesmo aos torniquetes das entradas. É coisa que já vem do tempo do dr. Ruas e das barbas brancas do ex-presidente da feira, Jorge Carvalho.
O que importa é o número de pessoas que pagam bilhete. A Feira de S. Mateus tem um orçamento de 1,8 milhões de euros e só será um sucesso se as receitas ultrapassarem, e bem, esse valor. Ela não pode viver à conta do orçamento municipal.
2. Proibir o burquini é ridículo. Proibir a burca e o niqab, que tapam a cara, é necessário. Defendi-o aqui em 23 de Março, num texto difícil que continua a fazer doer o meu espírito liberal e avesso a proibições.
Há pouco mais de uma semana, uma nossa cidadã ia a fazer a sua caminhada usual, vestida na sua maneira habitual das caminhadas. Quando passou por um grupo de senhoras de niqab e as saudou como é costume na sua hospitaleira cidade portuguesa, foi por elas insultada em inglês.
A nossa concidadã descreveu o caso no Facebook mas, no dia seguinte, apagou a publicação que estava a ter as reacções enérgicas que se adivinham dos seus amigos feicebuqueiros.
Este episódio dá a medida da urgência com que Portugal deve proibir roupa que tape o rosto.
É que uma sociedade decente não persegue ninguém por pertencer a um grupo (seja ele étnico, religioso, de orientação sexual, …). Nunca há responsabilidade grupal, mas há responsabilidade individual que não pode ser relativizada ou desculpada como costuma fazer a esquerda multiculturalista, a quem não se ouviu uma palavra de condenação dos grunhos que molestaram mulheres na noite de fim-de-ano em Colónia.
Entre aquelas mulheres de niqab, umas insultaram, outras não. Como identificar as responsáveis se elas andam no espaço público com a cara tapada?
Fotografia Olho de Gato |
Já a velha conversa que corre por aí do “vamos-chegar-ao-milhão-de-visitantes” só interessa mesmo aos torniquetes das entradas. É coisa que já vem do tempo do dr. Ruas e das barbas brancas do ex-presidente da feira, Jorge Carvalho.
O que importa é o número de pessoas que pagam bilhete. A Feira de S. Mateus tem um orçamento de 1,8 milhões de euros e só será um sucesso se as receitas ultrapassarem, e bem, esse valor. Ela não pode viver à conta do orçamento municipal.
2. Proibir o burquini é ridículo. Proibir a burca e o niqab, que tapam a cara, é necessário. Defendi-o aqui em 23 de Março, num texto difícil que continua a fazer doer o meu espírito liberal e avesso a proibições.
Há pouco mais de uma semana, uma nossa cidadã ia a fazer a sua caminhada usual, vestida na sua maneira habitual das caminhadas. Quando passou por um grupo de senhoras de niqab e as saudou como é costume na sua hospitaleira cidade portuguesa, foi por elas insultada em inglês.
A nossa concidadã descreveu o caso no Facebook mas, no dia seguinte, apagou a publicação que estava a ter as reacções enérgicas que se adivinham dos seus amigos feicebuqueiros.
Este episódio dá a medida da urgência com que Portugal deve proibir roupa que tape o rosto.
É que uma sociedade decente não persegue ninguém por pertencer a um grupo (seja ele étnico, religioso, de orientação sexual, …). Nunca há responsabilidade grupal, mas há responsabilidade individual que não pode ser relativizada ou desculpada como costuma fazer a esquerda multiculturalista, a quem não se ouviu uma palavra de condenação dos grunhos que molestaram mulheres na noite de fim-de-ano em Colónia.
Entre aquelas mulheres de niqab, umas insultaram, outras não. Como identificar as responsáveis se elas andam no espaço público com a cara tapada?
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