Fervenças *
* Texto publicado hoje no Jornal do Centro
Desde que viu o seu lugar em risco, António José Seguro pôs o PS em fervura máxima e quere-o assim durante o máximo de tempo possível. Não contente por ter atirado a solução da liderança para finais de Setembro, Seguro saiu-se agora com umas incendiárias e inúteis eleições para líderes transitórios das distritais. Para o ano, terá de haver nova escolha para esses lugares.
Esta fervença segurista está a fazer estragos pelo país fora. No distrito de Viseu, João Azevedo, depois de alcançar umas nunca atingidas onze câmaras socialistas, preparava-se para uma reeleição tranquila e consensualizada. Teve azar. Apoiou Costa. Pagou o preço. Foi ebulido.
A inesperada candidatura de António Borges — logo pressurosamente carimbada por Miguel Ginestal, chefe de gabinete de Seguro —, além de atropelar o desprevenido João Azevedo, trouxe para a luz a batalha que decorria na penumbra por um lugar elegível na lista de deputados das próximas legislativas. Àquele movimento "miguelista", Acácio Pinto tinha que responder. Respondeu indo a jogo.
Ora, esta luta, além de inoportuna, parte de um equívoco. Será que os líderes distritais têm o mesmo poder sobre as listas de deputados que tinham antes? Não parece. Agora há primárias.
Em entrevista a este jornal, António Borges (de um modo meio enrodilhado) e Acácio Pinto (mais claro) manifestaram preferência por uma escolha fechada a militantes. Uma escolha assim agrada ao aparelho mas é um tiro no pé.
Ninguém compreenderá que, depois de o candidato socialista a primeiro-ministro ser escolhido em primárias abertas a militantes e simpatizantes, a escolha dos deputados seja feita de uma forma fechada.
Resta dizer um óbvio: se o PS apresentar em Viseu acartadores das malas dos chefes, sem pensamento próprio nem vida fora da política, tem um dissabor nas urnas. Em 2015, pode dizer adeus ao terceiro deputado.
Desde que viu o seu lugar em risco, António José Seguro pôs o PS em fervura máxima e quere-o assim durante o máximo de tempo possível. Não contente por ter atirado a solução da liderança para finais de Setembro, Seguro saiu-se agora com umas incendiárias e inúteis eleições para líderes transitórios das distritais. Para o ano, terá de haver nova escolha para esses lugares.
Esta fervença segurista está a fazer estragos pelo país fora. No distrito de Viseu, João Azevedo, depois de alcançar umas nunca atingidas onze câmaras socialistas, preparava-se para uma reeleição tranquila e consensualizada. Teve azar. Apoiou Costa. Pagou o preço. Foi ebulido.
Fotografia Olho de Gato |
A inesperada candidatura de António Borges — logo pressurosamente carimbada por Miguel Ginestal, chefe de gabinete de Seguro —, além de atropelar o desprevenido João Azevedo, trouxe para a luz a batalha que decorria na penumbra por um lugar elegível na lista de deputados das próximas legislativas. Àquele movimento "miguelista", Acácio Pinto tinha que responder. Respondeu indo a jogo.
Ora, esta luta, além de inoportuna, parte de um equívoco. Será que os líderes distritais têm o mesmo poder sobre as listas de deputados que tinham antes? Não parece. Agora há primárias.
Em entrevista a este jornal, António Borges (de um modo meio enrodilhado) e Acácio Pinto (mais claro) manifestaram preferência por uma escolha fechada a militantes. Uma escolha assim agrada ao aparelho mas é um tiro no pé.
Ninguém compreenderá que, depois de o candidato socialista a primeiro-ministro ser escolhido em primárias abertas a militantes e simpatizantes, a escolha dos deputados seja feita de uma forma fechada.
Resta dizer um óbvio: se o PS apresentar em Viseu acartadores das malas dos chefes, sem pensamento próprio nem vida fora da política, tem um dissabor nas urnas. Em 2015, pode dizer adeus ao terceiro deputado.
Um festival de marisco!
ResponderEliminarA boa moeda...vai para bruxelas.
Gostei de ler.
:-)
EliminarA boa moeda "escapole-se", tendo derrotado a "candidatura" eurocrática de Maria João Rodrigues.
:-)
Contente por teres gostado de ler, JB
Boas mariscadas, se for o caso, melhores férias
Abraço
Quando os acontecimentos aceleram, os ritmos enloquecem.
ResponderEliminarA tentativa de rebaixar o oponente nunca foi sinal de segurança de argumentos.
Não desespere eng Borges,a coisa compõe-se!