Ou sim ou sopas*
* Texto publicado no Jornal do Centro há exactamente quatro anos, em 15 de Janeiro de 2010.
Na última sexta-feira reuniu-se em sessão extraordinária a assembleia municipal de Viseu. Coisa grave e extraordinária.
Assunto em debate: “universidade pública – ou sim ou sopas”.
Ou “sim” do ministro das universidades ou “sopas” em grandiosa manifestação promovida por Fernando Ruas.
Eis como foi pensada a coisa: ou o ministro diz sim à universidade de Viseu ou o povo manifesta-se com pancartas e palavras de ordem na Praça da República, no ano do centenário da dita. Depois, em sequência e consequência, o ministro Mariano Gago, movido e comovido por toda esta dinâmica conceptual, acabará por abjurar a sua anterior abjuração – e dizer sim à universidade viseense.
Pelo que se percebeu, este foi o plano para aquela extraordinária assembleia municipal extraordinária de 8 de Janeiro.
Nela, depois de horas de debate, depois de laboriosas negociações em que Correia de Campos esvoaçou de nenúfar em nenúfar e António Joaquim Almeida Henriques, já a pensar em 2013, começou a descolar de Fernando Ruas, a assembleia municipal de Viseu lá acertou o texto de uma moção, provavelmente a ducentésima vigésima quarta moção sobre o assunto.
Desta feita, na dita moção pede-se uma “task force” e que essa “task force” faça acontecer num “curto prazo” algo à universidade pública de Viseu.
Saiu, portanto, uma coisa entre o “sim” e as “sopas”: saiu uma “task force”. Porém – espera-se… – uma “task force” extraordinária.
Houve dez deputados municipais que se abstiveram na votação deste manicómio.
Ah!, é verdade!, tudo isto na semana em que o ministro das obras públicas António Mendonça anunciou que todas as SCUTs vão ter portagens. Portanto também as “nossas” auto-estradas, a A24 e a A25.
Na última sexta-feira reuniu-se em sessão extraordinária a assembleia municipal de Viseu. Coisa grave e extraordinária.
Assunto em debate: “universidade pública – ou sim ou sopas”.
Fotografia Olho de Gato |
Eis como foi pensada a coisa: ou o ministro diz sim à universidade de Viseu ou o povo manifesta-se com pancartas e palavras de ordem na Praça da República, no ano do centenário da dita. Depois, em sequência e consequência, o ministro Mariano Gago, movido e comovido por toda esta dinâmica conceptual, acabará por abjurar a sua anterior abjuração – e dizer sim à universidade viseense.
Pelo que se percebeu, este foi o plano para aquela extraordinária assembleia municipal extraordinária de 8 de Janeiro.
Nela, depois de horas de debate, depois de laboriosas negociações em que Correia de Campos esvoaçou de nenúfar em nenúfar e António Joaquim Almeida Henriques, já a pensar em 2013, começou a descolar de Fernando Ruas, a assembleia municipal de Viseu lá acertou o texto de uma moção, provavelmente a ducentésima vigésima quarta moção sobre o assunto.
Desta feita, na dita moção pede-se uma “task force” e que essa “task force” faça acontecer num “curto prazo” algo à universidade pública de Viseu.
Saiu, portanto, uma coisa entre o “sim” e as “sopas”: saiu uma “task force”. Porém – espera-se… – uma “task force” extraordinária.
Houve dez deputados municipais que se abstiveram na votação deste manicómio.
Ah!, é verdade!, tudo isto na semana em que o ministro das obras públicas António Mendonça anunciou que todas as SCUTs vão ter portagens. Portanto também as “nossas” auto-estradas, a A24 e a A25.
Comentários
Enviar um comentário