Notícias do túnel*
* Texto publicado no Jornal do Centro há exactamente quatro anos, em 8 de Janeiro de 2010
Em todo o mundo os políticos falam de “sinais de retoma”. É “wishful thinking”. É um “oxalá aconteça” inconsistente. A crise sistémica global, infelizmente, continua. Por enquanto ainda não se vê luz. Só túnel.
Em 2009 o comércio internacional caiu 10%, uma enormidade nunca vista. Há cada vez mais desemprego. A recuperação bolsista só tem servido para um ou outro banqueiro aparecer outra vez a arrotar a postas de pescada.
Os governos estão a manipular as estatísticas do emprego e a endividarem-se. A The Economist de Junho trazia uma infografia muito fácil de ler e que diz tudo sobre a cavalgada da dívida pública.
O Laboratório Europeu de Antecipação Política prevê grandes dificuldades já na primeira metade deste ano.
Os governos, ao não terem deixado que os bancos sofressem as consequências dos seus erros, puseram o nó corrediço dos défices à volta do pescoço. A economia precisa de outro plano de estímulo – já que as medidas tomadas em 2009 falharam - e agora não há dinheiro.
É expectável mais inflação, mais impostos e cessação de pagamentos de alguns países.
Da inflação ainda não fala a imprensa mundial.
A subida de impostos vai massacrar a classe média e os reformados, enquanto os pobres, cada vez mais pobres, vão ser deixados ao “Deus dará”. Matéria que vai dizer muito a D. Ilídio Leandro, bispo de Viseu, director desta edição do Jornal do Centro.
Quanto ao risco de falência de países, o que aconteceu no Dubai foi um primeiro sinal. O último relatório de risco de crédito publicado pela CMA Data Vision coloca a Venezuela, a Ucrânia e a Argentina na primeira linha. Portugal, para já, não está no vermelho. Há países bem pior.
Em todo o mundo os políticos falam de “sinais de retoma”. É “wishful thinking”. É um “oxalá aconteça” inconsistente. A crise sistémica global, infelizmente, continua. Por enquanto ainda não se vê luz. Só túnel.
Em 2009 o comércio internacional caiu 10%, uma enormidade nunca vista. Há cada vez mais desemprego. A recuperação bolsista só tem servido para um ou outro banqueiro aparecer outra vez a arrotar a postas de pescada.
Os governos estão a manipular as estatísticas do emprego e a endividarem-se. A The Economist de Junho trazia uma infografia muito fácil de ler e que diz tudo sobre a cavalgada da dívida pública.
O Laboratório Europeu de Antecipação Política prevê grandes dificuldades já na primeira metade deste ano.
Fotografia daqui |
É expectável mais inflação, mais impostos e cessação de pagamentos de alguns países.
Da inflação ainda não fala a imprensa mundial.
A subida de impostos vai massacrar a classe média e os reformados, enquanto os pobres, cada vez mais pobres, vão ser deixados ao “Deus dará”. Matéria que vai dizer muito a D. Ilídio Leandro, bispo de Viseu, director desta edição do Jornal do Centro.
Quanto ao risco de falência de países, o que aconteceu no Dubai foi um primeiro sinal. O último relatório de risco de crédito publicado pela CMA Data Vision coloca a Venezuela, a Ucrânia e a Argentina na primeira linha. Portugal, para já, não está no vermelho. Há países bem pior.
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