Bilal*
* Texto publicado no Jornal do Centro há exactamente quatro anos, em 22 de Janeiro de 2010
1. Bilal é a personagem principal de um filme que ficciona a vida dos ilegais que se fixam em Calais na esperança de chegarem à Inglaterra.
Bilal “é” um curdo iraquiano de 17 anos que conseguiu adentrar-se na “Europa” de Schengen mas ficou bloqueado em Calais. Ele fez aqueles milhares de quilómetros para se juntar à sua amada que estava em Londres.
Bilal precisava de passar para o lado de lá do Canal da Mancha, mas ficou preso do lado de cá, na França de Sarkozy, na França que tem um ministro da Imigração, Integração e Identidade Nacional.
Sim, há na França de Sarkozy uma política que mistura imigração com identidade nacional. O ministro deste monstro chama-se Eric Besson. É um homem que desertou do PS francês e está a fazer tudo para ganhar os votos da extrema-direita nas próximas eleições de Março. Há quem compare Eric Besson a Pierre Laval, um oficial francês colaborador entusiasta das políticas racistas dos nazis nos anos de 1940.
Há dois meses, no Piaget de Viseu, George Steiner, durante a sua desencantada comunicação sobre a condição humana, disse: «Não precisamos de ir a Guantánamo Bay para vermos tortura. Basta irmos a uma esquadra da polícia francesa.»
Só percebi integralmente de que falava George Steiner depois de ter visto agora, no Cine Clube de Viseu, as desventuras de Bilal no imperdível “Welcome”, um filme de Philippe Lioret. Já há em DVD.
2. Há cada vez mais sinais que a ETA se quer instalar em Portugal. Em 9 de Janeiro foram presos dois operacionais que iam para a zona de Coimbra.
O jornal I. perguntou a José Galamba, o advogado dos dois etarras:
«Simpatiza com as vítimas da ETA?»
«Claro, é evidente. Em princípio.»
É muito antipática esta relutante simpatia do senhor José Galamba.
1. Bilal é a personagem principal de um filme que ficciona a vida dos ilegais que se fixam em Calais na esperança de chegarem à Inglaterra.
Bilal “é” um curdo iraquiano de 17 anos que conseguiu adentrar-se na “Europa” de Schengen mas ficou bloqueado em Calais. Ele fez aqueles milhares de quilómetros para se juntar à sua amada que estava em Londres.
Bilal precisava de passar para o lado de lá do Canal da Mancha, mas ficou preso do lado de cá, na França de Sarkozy, na França que tem um ministro da Imigração, Integração e Identidade Nacional.
Sim, há na França de Sarkozy uma política que mistura imigração com identidade nacional. O ministro deste monstro chama-se Eric Besson. É um homem que desertou do PS francês e está a fazer tudo para ganhar os votos da extrema-direita nas próximas eleições de Março. Há quem compare Eric Besson a Pierre Laval, um oficial francês colaborador entusiasta das políticas racistas dos nazis nos anos de 1940.
Há dois meses, no Piaget de Viseu, George Steiner, durante a sua desencantada comunicação sobre a condição humana, disse: «Não precisamos de ir a Guantánamo Bay para vermos tortura. Basta irmos a uma esquadra da polícia francesa.»
Só percebi integralmente de que falava George Steiner depois de ter visto agora, no Cine Clube de Viseu, as desventuras de Bilal no imperdível “Welcome”, um filme de Philippe Lioret. Já há em DVD.
2. Há cada vez mais sinais que a ETA se quer instalar em Portugal. Em 9 de Janeiro foram presos dois operacionais que iam para a zona de Coimbra.
O jornal I. perguntou a José Galamba, o advogado dos dois etarras:
«Simpatiza com as vítimas da ETA?»
«Claro, é evidente. Em princípio.»
É muito antipática esta relutante simpatia do senhor José Galamba.
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