Cenários*
* Texto publicado no Jornal do Centro há exactamente quatro anos, em 18 de Dezembro de 2009
No próximo ano, o governo vai aprovar o orçamento com a direita e o casamento homossexual com a esquerda. O resto, que para aí se fala, é treta.
Faltam treze meses para as presidenciais.
Tudo indica que Cavaco Silva se vai recandidatar e vai ter o apoio de toda a direita. Cavaco tem feito um mau mandato e pode ser o primeiro presidente não reconduzido pelo voto dos portugueses. É derrotável pela esquerda, embora não seja fácil.
Neste tipo de eleições, na primeira volta escolhe-se e na segunda rejeita-se. Explico: na primeira volta o eleitor escolhe o candidato mais do seu agrado e na segunda volta rejeita o finalista que mais lhe desagrada (na hipótese, bem entendido, do seu favorito ter ficado pelo caminho).
O pior que pode fazer a esquerda é ir com um candidato único. Há três partidos à esquerda e cada um deve apresentar o seu candidato. Depois, o melhor deles disputa a segunda volta com Cavaco Silva.
O país está metido num sarilho. É necessária clareza na política. O PS não pode ir às presidenciais de braço dado com a agenda estéril da extrema-esquerda.
Eis os candidatos ideais e mais fortes para umas presidenciais clarificadoras:
- à direita, (i) Cavaco Silva;
- à esquerda: (ii) Carvalho da Silva, apoiado pelo PCP; (iii) Manuel Alegre, apoiado pelo bloco de esquerda; e (iv) Jaime Gama, apoiado pelo PS (é sabido que Guterres não deixa a ONU e Vitorino não desgruda dos negócios).
Parece certo o apoio do bloco a Manuel Alegre.
O PCP receia a independência de Manuel Carvalho da Silva e, por isso, vai preferir um geronte qualquer do comité central.
Por sua vez, o PS se se misturar numa campanha alegre com o bloco, vai perder o eleitorado central, e oferecer numa bandeja o segundo mandato a Cavaco Silva.
Imagem daqui |
Faltam treze meses para as presidenciais.
Tudo indica que Cavaco Silva se vai recandidatar e vai ter o apoio de toda a direita. Cavaco tem feito um mau mandato e pode ser o primeiro presidente não reconduzido pelo voto dos portugueses. É derrotável pela esquerda, embora não seja fácil.
Neste tipo de eleições, na primeira volta escolhe-se e na segunda rejeita-se. Explico: na primeira volta o eleitor escolhe o candidato mais do seu agrado e na segunda volta rejeita o finalista que mais lhe desagrada (na hipótese, bem entendido, do seu favorito ter ficado pelo caminho).
O pior que pode fazer a esquerda é ir com um candidato único. Há três partidos à esquerda e cada um deve apresentar o seu candidato. Depois, o melhor deles disputa a segunda volta com Cavaco Silva.
O país está metido num sarilho. É necessária clareza na política. O PS não pode ir às presidenciais de braço dado com a agenda estéril da extrema-esquerda.
Eis os candidatos ideais e mais fortes para umas presidenciais clarificadoras:
- à direita, (i) Cavaco Silva;
- à esquerda: (ii) Carvalho da Silva, apoiado pelo PCP; (iii) Manuel Alegre, apoiado pelo bloco de esquerda; e (iv) Jaime Gama, apoiado pelo PS (é sabido que Guterres não deixa a ONU e Vitorino não desgruda dos negócios).
Parece certo o apoio do bloco a Manuel Alegre.
O PCP receia a independência de Manuel Carvalho da Silva e, por isso, vai preferir um geronte qualquer do comité central.
Por sua vez, o PS se se misturar numa campanha alegre com o bloco, vai perder o eleitorado central, e oferecer numa bandeja o segundo mandato a Cavaco Silva.
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