Falências de bancos — a caminho da gestão "à islandesa" da crise bancária *

* Excerto do boletim de Fevereiro do Laboratório Europeu de Antecipação Política, numa tradução às três pancadas

     A nossa equipa prevê que muitos países, incluindo os Estados Unidos da América, vai aproximar-se de uma gestão ao "estilo islandês", isto é, não resgatando os bancos e deixando-os colapsar.
     Já tivemos um lampejo disto com a liquidação do banco irlandês IBRC, o que deu ideias a muitas pessoas. "Como a Irlanda liquidou o seu lixo bancário numa noite" — admirava-se em manchete La Tribune.
     Esta possibilidade parece ser, cada vez mais, a solução caso haja uma recaída dos bancos; pelas seguintes razões: 
     (i) porque parece muito mais eficaz que os planos de resgate de 2008-9, comparando-se para a recuperação islandesa;
     (ii) porque os países já não têm os meios para poderem pagar novos resgates;
     (iii) e, finalmente, porque ninguém pode negar que será uma grande tentação para os líderes políticos poderem-se livrar, de uma forma popular, de parte das dívidas e dos "activos tóxicos" que oneram as suas economias.
     Estes bancos "demasiado grandes para falirem" foram, de facto, alimentados com dívida pública e privada, o que fez com que disparassem os seus lucros e poder. 

Desenho de Daniel Horowitz (daqui)

     Em boletins anteriores, a nossa equipa estabeleceu uma relação entre um banco como Goldman Sachs, por exemplo, e os Templários, uma ordem militar medieval cuja enorme riqueza cresceu nas costas dos estados até que foi extinta por Filipe, o Formoso, que levou todo o ouro dos Templários para os cofres do estado.

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