DREN*
1. Continuam as anedotas da DREN. Desta vez não é uma história de bufaria. Desta vez Margarida Moreira impôs que fosse feito um desfile de carnaval em Paredes de Coura, actividade que o agrupamento de escolas do concelho tinha decidido não fazer.
Eis, ipsis verbis, o último ponto do documento que Margarida Moreira enviou a desautorizar o conselho pedagógico de Paredes de Coura:
"Sendo certo que muitos professores não se aceitam o uso dos alunos nesta atitude inaceitável, acompanharemos de muito perto a defesa do bom nome da escola, dos professores e de toda uma população que muito tem orgulhado o nosso país pela valorização que à escola tem dado."
É evidente que quem escreve com esta qualidade pensa com esta qualidade.
Os professores de Paredes de Coura foram humilhados até ao que há de mais fundo na sua dignidade profissional.
Como se costuma dizer no Minho, perante tal desaforo, aqueles professores ou mandavam a DREN abaixo de Braga (e não compareciam ao desfile) ou mandavam a DREN abaixo de Braga (e aproveitavam o desfile para mostrarem a sua indignação).
Escolheram a segunda opção. As imagens em todos os media de professores vestidos de preto e de boca amordaçada foram bem eloquentes.
2. Antigamente, em várias comunidades piscatórias, quando morriam pescadores no mar, as viúvas e os outros familiares apedrejavam as capelas. Com o desespero, pegavam nos santos, lapidavam-nos, insultavam-nos e enterravam-nos na areia. Eram os santos, que não tinham culpa nenhuma das inclemências do mar, que pagavam.
A economia mundial afundou-se por causa da ganância do capital especulativo. Cresce o desespero e o desespero não é bom conselheiro. Quem é que vai ser apedrejado?
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