Querido mês de Agosto *
* Texto publicado hoje no Jornal do Centro
Este Olho de Gato ainda é escrito em Agosto mas vai ser lido em Setembro, é escrito ainda no mês mais veludo do ano mas vai ser lido quando o “regresso às aulas” se começa a cruzar com o cartão de crédito de férias e com a digestão de farturas na feira — “uma água-das-pedras, por favor!”
Este querido mês de Agosto foi suave nestes tempos de “arrefecimento global”, “nortada moderada a forte” nos areais, casaquinho de malha a tapar a tatuagem, pelo que o “dispositivo” espalhado no “teatro das operações” para o combate aos incêndios não teve muito trabalho — boas notícias, assim se prolonguem Setembro adentro.
Este querido mês de Agosto teve as romarias todas que manda o calendário, teve amores de verão ...
... teve emigrantes, e teve as saudade dos emigrantes, esses heróis recebidos em Vilar Formoso por José Cesário, o eterno secretário de estado à direita da diáspora — emigrantes que este ano gastaram menos dinheiro para mal das lojas das nossas cidades.
Este querido mês de Agosto, mesmo de chanatos no pé, disse-nos que a crise sistémica global continua na “fase charlie” e nem os “meios aéreos” do senhor Trichet e do senhor Bernanke, nem os rendez-vous de Sarko com a Angela, nem Obama, nada está a conseguir apagar o fogo, fogo que arde e se vê e já fez arder 15 000 000 000 000 de alavancados dólares — fogo que continua mesmo depois de apagadas as chamas dos amores de verão.
Este querido mês de Agosto ...
... teve a laracha suave dos “impostos aos ricos”, esse insubtil tapa-olhos aos remediados, teve o professor Cavaco a querer deserdar os herdeiros, teve António José Seguro emplastrado por Miguel Ginestal nas televisões, teve muita coisa doce — mas já acabou.
Este querido mês de Agosto foi suave nestes tempos de “arrefecimento global”, “nortada moderada a forte” nos areais, casaquinho de malha a tapar a tatuagem, pelo que o “dispositivo” espalhado no “teatro das operações” para o combate aos incêndios não teve muito trabalho — boas notícias, assim se prolonguem Setembro adentro.
Este querido mês de Agosto teve as romarias todas que manda o calendário, teve amores de verão ...
... teve emigrantes, e teve as saudade dos emigrantes, esses heróis recebidos em Vilar Formoso por José Cesário, o eterno secretário de estado à direita da diáspora — emigrantes que este ano gastaram menos dinheiro para mal das lojas das nossas cidades.
Este querido mês de Agosto, mesmo de chanatos no pé, disse-nos que a crise sistémica global continua na “fase charlie” e nem os “meios aéreos” do senhor Trichet e do senhor Bernanke, nem os rendez-vous de Sarko com a Angela, nem Obama, nada está a conseguir apagar o fogo, fogo que arde e se vê e já fez arder 15 000 000 000 000 de alavancados dólares — fogo que continua mesmo depois de apagadas as chamas dos amores de verão.
Este querido mês de Agosto ...
... teve a laracha suave dos “impostos aos ricos”, esse insubtil tapa-olhos aos remediados, teve o professor Cavaco a querer deserdar os herdeiros, teve António José Seguro emplastrado por Miguel Ginestal nas televisões, teve muita coisa doce — mas já acabou.
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