Fora dos rebanhos*
* Publicado no Jornal do Centro há exactamente dez anos, em 26 de Setembro de 2013
1. Como se sabe, Carlos Vieira, o único deputado bloquista da assembleia municipal de Viseu, foi substituído e não cumpriu o mandato para que foi eleito pelos viseenses. Como agora se apresenta outra vez a votos, fez-se aqui na semana passada a pergunta lógica: desta vez Carlos Vieira fica lá os quatro anos ou os outdoors com a sua fotografia são um ludíbrio aos eleitores?
Perante esta pergunta, o bloco chutou para canto e não deu uma resposta clara.
É verdade que o bloco de esquerda anda com a mania de “rodar” eleitos como quem roda pneus. A candidata bloquista à câmara de S. Pedro do Sul até quantificou a coisa: lá é para “rodarem” quatro por cada posição, exactamente como nos automóveis. Isto se Rui Costa, o cabeça de lista à assembleia municipal de S. Pedro do Sul, se deixar transformar num pneu Michelin de perfil baixo.
Chegámos a esta situação em Viseu: um eleitor do competente Carlos Vieira — que vale mais votos que o bloco – não sabe o que fazer.
E se vota nele e depois ele passa a pasta ao número dois?
A propósito, quem é o número dois?
2. O facto de eu ter colaborado nos primeiros meses na candidatura de José Junqueiro, quando ele ainda não tinha completa a sua máquina, criou-me um desafio — não ser excessivamente crítico com o candidato socialista.
É que tento sempre seguir a melhor tradição do pensamento europeu: há que tomar partido, isto é, escolher uma parte, e depois exercer o juízo crítico com severidade, especialmente com a nossa parte.
Ora, isto causa estranheza e não só nos rebanhos partidários. No nosso espaço público há muito “pensamento” alinhado mas quase nenhum pensamento independente.
Aqui, nesta coluna, não se vai mudar. Se o próximo presidente da câmara de Viseu for Almeida Henriques, a sua acção será sempre aqui escrutinada. Se for José Junqueiro, que apoio, esse escrutínio será ainda maior.
1. Como se sabe, Carlos Vieira, o único deputado bloquista da assembleia municipal de Viseu, foi substituído e não cumpriu o mandato para que foi eleito pelos viseenses. Como agora se apresenta outra vez a votos, fez-se aqui na semana passada a pergunta lógica: desta vez Carlos Vieira fica lá os quatro anos ou os outdoors com a sua fotografia são um ludíbrio aos eleitores?
Perante esta pergunta, o bloco chutou para canto e não deu uma resposta clara.
É verdade que o bloco de esquerda anda com a mania de “rodar” eleitos como quem roda pneus. A candidata bloquista à câmara de S. Pedro do Sul até quantificou a coisa: lá é para “rodarem” quatro por cada posição, exactamente como nos automóveis. Isto se Rui Costa, o cabeça de lista à assembleia municipal de S. Pedro do Sul, se deixar transformar num pneu Michelin de perfil baixo.
E se vota nele e depois ele passa a pasta ao número dois?
A propósito, quem é o número dois?
2. O facto de eu ter colaborado nos primeiros meses na candidatura de José Junqueiro, quando ele ainda não tinha completa a sua máquina, criou-me um desafio — não ser excessivamente crítico com o candidato socialista.
É que tento sempre seguir a melhor tradição do pensamento europeu: há que tomar partido, isto é, escolher uma parte, e depois exercer o juízo crítico com severidade, especialmente com a nossa parte.
Ora, isto causa estranheza e não só nos rebanhos partidários. No nosso espaço público há muito “pensamento” alinhado mas quase nenhum pensamento independente.
Aqui, nesta coluna, não se vai mudar. Se o próximo presidente da câmara de Viseu for Almeida Henriques, a sua acção será sempre aqui escrutinada. Se for José Junqueiro, que apoio, esse escrutínio será ainda maior.
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