Aranhas *
* Texto publicado hoje no Jornal do Centro
1. No próximo outono vamos ter eleições legislativas. Os partidos parlamentares, que, durante os anos de resgate, não souberam o que era a austeridade e não partilharam os sacrifícios dos portugueses, já se esqueceram do voto de protesto que tiveram nas europeias e preparam-se para uma campanha cara e de mais do mesmo.
O PS, o PSD e o CDS — os “partidos do arco da corrupção” — vão continuar a ter deputados em part-time, a receber do parlamento como deputados e a facturar dos lobbies como consultores. Interpelei, olhos nos olhos, António Costa sobre o assunto “exclusividade dos deputados” mas ele não deu resposta. Foi uma não-resposta eloquente.
Olhemos para os partidos de protesto: o PCP continua a receitar remédios “patrióticos” para problemas supra-nacionais. O bloco, em decadência e hemorragia de quadros, tem agora como guru esse génio da política chamado Luís Fazenda, da UDP.
Ou aparecem novas forças políticas, ou a terceira república fica entalada entre a corrupção dos primeiros e o protesto inconsequente dos segundos. A caminho da quarta bancarrota.
2. O parlamento grego foi dissolvido em 31 de Dezembro. Três semanas e quatro dias depois, a Grécia elegeu um novo primeiro-ministro que formou governo logo a seguir.
Em Portugal, se o parlamento fosse dissolvido no último dia do ano, a coisa só estaria resolvida lá para meio da primavera. Temos prazos bizantinos. Precisamos de novas leis eleitorais com prazos gregos.
3. Em 1 de Fevereiro de 2014, uma assembleia geral no Auditório Mirita Casimiro, depois de ter recusado uma segunda lista, fez eleger uma lista única liderada pela mesma pessoa que há largos anos se revela incapaz de dar vida àquela sala de espectáculos do centro de Viseu.
Passou um ano depois daquela lamentável assembleia geral. Nada aconteceu ali. Caso já não haja aranhas naquele auditório é só porque elas, entretanto, morreram de tédio.
1. No próximo outono vamos ter eleições legislativas. Os partidos parlamentares, que, durante os anos de resgate, não souberam o que era a austeridade e não partilharam os sacrifícios dos portugueses, já se esqueceram do voto de protesto que tiveram nas europeias e preparam-se para uma campanha cara e de mais do mesmo.
O PS, o PSD e o CDS — os “partidos do arco da corrupção” — vão continuar a ter deputados em part-time, a receber do parlamento como deputados e a facturar dos lobbies como consultores. Interpelei, olhos nos olhos, António Costa sobre o assunto “exclusividade dos deputados” mas ele não deu resposta. Foi uma não-resposta eloquente.
Olhemos para os partidos de protesto: o PCP continua a receitar remédios “patrióticos” para problemas supra-nacionais. O bloco, em decadência e hemorragia de quadros, tem agora como guru esse génio da política chamado Luís Fazenda, da UDP.
Ou aparecem novas forças políticas, ou a terceira república fica entalada entre a corrupção dos primeiros e o protesto inconsequente dos segundos. A caminho da quarta bancarrota.
2. O parlamento grego foi dissolvido em 31 de Dezembro. Três semanas e quatro dias depois, a Grécia elegeu um novo primeiro-ministro que formou governo logo a seguir.
Em Portugal, se o parlamento fosse dissolvido no último dia do ano, a coisa só estaria resolvida lá para meio da primavera. Temos prazos bizantinos. Precisamos de novas leis eleitorais com prazos gregos.
3. Em 1 de Fevereiro de 2014, uma assembleia geral no Auditório Mirita Casimiro, depois de ter recusado uma segunda lista, fez eleger uma lista única liderada pela mesma pessoa que há largos anos se revela incapaz de dar vida àquela sala de espectáculos do centro de Viseu.
Passou um ano depois daquela lamentável assembleia geral. Nada aconteceu ali. Caso já não haja aranhas naquele auditório é só porque elas, entretanto, morreram de tédio.
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