"VISEU, CIDADE DAS HISTÓRIAS" (com agá, António Almeida Henriques, com agá)*
* Este é o Olho de Gato #451 (não tem edição em papel no Jornal do Centro porque o jornal faz uma pausa de uma semana para reformulação)
Penso que esta ideia — "Viseu, cidade das histórias" — tem pernas para andar e pode ser uma nossa marca distintiva, tornando-nos conhecidos no país e no mundo, se as coisas forem feitas com profissionalismo, competência e talento.
Por duas razões:
(i) porque é original, não conheço nenhum município com essa visão global para a sua oferta cultural;
É passar do discurso à prática, meu caro.
Caro presidente da câmara municipal de Viseu,
isto que disse sobre cultura no seu discurso de tomada de posse, designadamente o que está sublinhado, deixou-me satisfeito e esperançado:
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Sem dúvida: a cultura pode ser “um
investimento e não um custo”,
desde que se saiba o que se quer e se tenha estratégia para lá
chegar.
Também concordo consigo,
caro António Almeida Henriques, quando diz que temos uma“espontânea
geração de criadores, programadores e artistas aqui radicados”; e digo mais: ela é muito boa.
Contudo,
saber/fazer/promover cultura com fazem os nossos agentes culturais não é o mesmo que ter uma política
cultural, isto é: ter uma acção no espaço público e com recursos
públicos capaz de promover o bem comum. Isso compete aos políticos eleitos.
Uma política cultural é
mais que a soma de projectos segmentais e espontâneos dos operadores
culturais e — não podendo nem devendo um município assumir o papel
de operador de gosto — ele deve, ainda assim, ter uma visão integradora,
abrangente, desinibida e cosmopolita do que quer na cultura.
Numa
iniciativa de campanha designada Viseu, Cidade Criativa, ocorrida em Julho no Auditório Mirita Casimiro, defendi que toda a actividade
cultural do município seja pensada e integrada no lema "Viseu,
cidade das histórias".
O
parágrafo sublinhado do seu discurso que refere "Cidade de Estórias" parece apontar nessa direcção. Se é essa a sua intenção, caro António Almeida Henriques, devo
cumprimentá-lo, é uma magnífica intenção.
Penso que esta ideia — "Viseu, cidade das histórias" — tem pernas para andar e pode ser uma nossa marca distintiva, tornando-nos conhecidos no país e no mundo, se as coisas forem feitas com profissionalismo, competência e talento.
Por duas razões:
(i) porque é original, não conheço nenhum município com essa visão global para a sua oferta cultural;
(ii) porque toda a gente, de todas as idades e condições sociais,
gosta de histórias, e porque todas as actividades culturais contam
histórias.
É passar do discurso à prática, meu caro.
O gato continua convencido que tudo sabe e é um inocente. Aquilo é só palavreado que continua na linha do programa para a candidatura.
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