Novo ciclo*
* Texto publicado hoje no Jornal do Centro
1. Na próxima terça-feira, tomam posse os eleitos para a assembleia municipal e para a câmara de Viseu. Termina um ciclo de 24 anos, liderado por Fernando Ruas, em que o desenvolvimento da cidade e do concelho assentou na construção e no investimento público, nacional e comunitário. Foi o sector público que gerou a maior parte do emprego e do emprego mais bem pago.
A cidade manteve-se funcional, fluída e agradável para viver, fruto de uma boa planificação urbana, planificação que tem um responsável cujo nome merece ser referido tanto como o dos políticos — o chefe do departamento de urbanismo da câmara, engenheiro José Pais de Sousa.
Nestes 24 anos, a força da cidade que residia nos comerciantes passou para as instituições do estado e para a Visabeira. Visabeira que é um caso admirável de sucesso, a que a cidade muito deve e de que depende, sendo essa dependência um risco, porque todas as monoculturas o são.
O novo presidente da câmara de Viseu inicia um novo ciclo em que não vai ter nem investimento nem emprego público, e a construção só começará a reanimar um pouco, no melhor dos cenários, para o final do mandato. Pede-se-lhe bom senso, frugalidade, controlo da dívida, apostas mais qualitativas que quantitativas, que atraiam talento, iniciativa e investimento privado. Empregos, empregos, empregos. Boa sorte, António Almeida Henriques!
2. O bloco de esquerda vai manter o seu único eleito, Carlos Vieira, na assembleia municipal de Viseu ou vai substituí-lo, vigarizando os seus eleitores?
3. O líder distrital do PS afirmou-se, com razão, satisfeito com os resultados no distrito mas não escondeu a sua frustração com o resultado no concelho de Viseu, onde os responsáveis pela derrota nem tugem nem mugem.
Caro João Azevedo, depois de quatro anos de deserção e pusilanimidade socialista na capital do distrito, vai deixar que continue tudo na mesma?
José Pais de Sousa |
Nestes 24 anos, a força da cidade que residia nos comerciantes passou para as instituições do estado e para a Visabeira. Visabeira que é um caso admirável de sucesso, a que a cidade muito deve e de que depende, sendo essa dependência um risco, porque todas as monoculturas o são.
O novo presidente da câmara de Viseu inicia um novo ciclo em que não vai ter nem investimento nem emprego público, e a construção só começará a reanimar um pouco, no melhor dos cenários, para o final do mandato. Pede-se-lhe bom senso, frugalidade, controlo da dívida, apostas mais qualitativas que quantitativas, que atraiam talento, iniciativa e investimento privado. Empregos, empregos, empregos. Boa sorte, António Almeida Henriques!
2. O bloco de esquerda vai manter o seu único eleito, Carlos Vieira, na assembleia municipal de Viseu ou vai substituí-lo, vigarizando os seus eleitores?
3. O líder distrital do PS afirmou-se, com razão, satisfeito com os resultados no distrito mas não escondeu a sua frustração com o resultado no concelho de Viseu, onde os responsáveis pela derrota nem tugem nem mugem.
Caro João Azevedo, depois de quatro anos de deserção e pusilanimidade socialista na capital do distrito, vai deixar que continue tudo na mesma?
Bela prosa, a do ponto1.
ResponderEliminarMas e as aldeias? Tão longe, tão esquecidas até pelo próprio Joaquim Alexandre Rodrigues...
Que tal "Viseu o concelho mais agradável para viver"? Todo ele, de lés a lés?
Caro anónimo,
EliminarRefiro a "cidade e o concelho" no primeiro parágrafo e "cidade" no segundo e no terceiro parágrafos.
Não é por acaso e parece-me bem.
Cumprimentos
Acho especialmente interessante, e até estranho o Olho de Gato não observar que o Eng.Sousa sempre teve chefes com menos capacidade do que ele. Um chefe de departamento diariamente a dar lições aos cabecilhas. Meritocracia no Rossio? Meritocracia uma porra! :)
ResponderEliminar