Traição ao PS?
André Figueiredo e José Lello não querem Manuel Maria Carrilho no Laboratório de Ideias do PS. André Figueiredo anatematiza até o melhor ministro da cultura da terceira república falando em "traição".
Tenho estima por André Figueiredo, que foi um colaborador muito próximo de José Sócrates, mas penso que o anterior primeiro-ministro não aprovaria esta posição dos dois deputados conotados com a ala “socratista”.
Basta lembrar-se a forma superior como José Sócrates segurou, integrou e depois apoiou Manuel Alegre:
(i) apesar de Alegre ter ido a votos contra o candidato oficial do PS às presidenciais de 2006 (atitude sancionável em sede de estatutos);
(ii) apesar de Alegre ter trabalhado com Louçã, nos anos a seguir, contra a política do governo socialista.
(ii) apesar de Alegre ter trabalhado com Louçã, nos anos a seguir, contra a política do governo socialista.
Ultrapassado o infeliz tópico "traição", podia acrescentar-se ainda outro argumento mais sintonizado com o que está aqui em causa agora: o “Laboratório de Ideias” que António José Seguro quer criar não é para produzir ideias políticas? Para produzir ideias não são precisas pessoas com ideias como Manuel Maria Carrilho?
António José Seguro tem tido problemas complicados desde a sua chegada à liderança do PS, mas este é dos mais melindrosos e mais decisivos para a afirmação da sua liderança.
Seguro não pode aceitar este tipo de anátemas sobre um militante que pensa pela sua cabeça. No PS nunca houve, não há, nem pode vir a haver "delito de opinião".
O PS precisa é de atrair muito mais personalidades como Manuel Maria Carrilho, para que o Laboratório de Ideias tenha alguma utilidade para o partido e para o país.
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