Por este rio acima
Rio Douro
Gif Olho de Gato
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Ali se trocam e oferecem todas as sortes de caças e carnes quantas se criam na terra, que nós andávamos como pasmados como requeria tão espantosa e quase incrível maravilha. Noutras embarcações vêm grande soma de amas para crianças enjeitadas e outras, pelo tempo que cada um quiser, mulheres velhas que servem de parteiras dando mezinhas para botarem crianças, e fazerem parir ou não parir.
Noutros barcos há homens honrados que servem de correctores de casamentos e consolam mulheres enlutadas por morte de maridos e filhos e outras coisas desta maneira. Em barcaças de muitas cores, com invenções de muitos perfumes e cheiros muito suaves vêm homens e mulheres tangendo em vários instrumentos para darem música a quem os quiser ouvir.
Na terra do labirinto das trinta e duas leis, nesta terra toda lavrada de rios, a China, há uma tamanha observância da justiça e um governo tão igual e tão excelente, que todas as outras, por mais grandiosas que sejam, ficam escuras e sem lustro.
Fernão Mendes Pinto
Peregrinação
Por este rio acima, no comboio, no avião, em casa…neste Natal, leia, releia ou ofereça “As Vinhas da Ira” de John Steinbeck e veja o filme na versão de John Ford com Henry Fonda.
ResponderEliminarO comovente discurso final, e encorajador, da matriarca da família Joad (Ma Joad, interpretada por Jane Darwell, que ganhou um Oscar) é altamente significativo:
“Os ricos surgem e morrem, e os filhos deles não prestam e desaparecem. Mas nós continuamos sempre. Somos os que sobrevivemos. Não conseguem acabar connosco. Não nos podem esmagar. Vamos continuar sempre, pai, porque somos o povo.”
Como disse Woody Guthrie, o músico folk, “Vai ver As Vinhas da Ira, amigo. Não o percas. Tu és a estrela do filme.”