Vilão*
* Texto publicado hoje no Jornal do Centro
1. O domingo passado foi tão longo como o Dia D, o dia da invasão da Normandia. Roer de unhas. Olhos nos relógios. Quanto-tempo-falta-para-o-jogo?
Dias muito raros estes que põem no congelador todas as tribos de um país, sejam elas clubísticas, geográficas, religiosas, políticas, ... Tudo nesses dias é monofónico nas suas mil maneiras de dizer e querer o mesmo.
Onde-estavas-no-25-de-Abril? Onde-estavas-no-10-de-Julho? Fomos campeões, faltavam ainda quatro dias e tomámos a Bastilha! Liberdade-igualdade-fraternidade!
Chupez! (esta li no Facebook) Campeõõõõõeeesss! Nação-valente-e-imortal, tudo selfizado e filmado, e buzinado, foi-bonita-a-festa-pá, o bem ganhou ao mal (assim o escrevi no FB na hora).
Olhemos para o mal, então.
2. Cristiano Ronaldo é um ícone global. É por isso que nesta semana todos os ecrãs de todos os continentes passam, e tornam a passar, a rude entrada de Dimitri Payet sobre o CR7.
As contas das redes sociais do número 8 francês estão inundadas de raiva. Esse fluxo de indignação vem de todo o lado. Até do Irão, admira-se a imprensa francesa. Payet é, agora, um vilão global.
3. Os aliados travaram a batalha da Normandia contra os nazis entre Junho e Agosto de 1944. O dia inicial da invasão, 6 de Junho, ficou conhecido pelo Dia D. A seguir, até à libertação de Paris, em 25 de Agosto, houve, dos dois lados, mais de seiscentos mil mortos.
Setenta e dois anos depois, o Reino Unido acaba de decidir, em referendo, o brexit. Foi uma decisão democrática e pacífica.
É assim a União Europeia que nos deu estas singulares sete décadas de paz e que é um farol de progresso, justiça social e decência no mundo. Infelizmente, está agora debaixo do fogo da vilania nacionalista de esquerda e de direita.
António Costa, se continuar a deixar como tem deixado o exclusivo da defesa da "Europa" e do euro à direita, além de atraiçoar a matriz europeísta do PS, condena-o a uma pesada derrota nas próximas legislativas.
Dias muito raros estes que põem no congelador todas as tribos de um país, sejam elas clubísticas, geográficas, religiosas, políticas, ... Tudo nesses dias é monofónico nas suas mil maneiras de dizer e querer o mesmo.
Onde-estavas-no-25-de-Abril? Onde-estavas-no-10-de-Julho? Fomos campeões, faltavam ainda quatro dias e tomámos a Bastilha! Liberdade-igualdade-fraternidade!
Chupez! (esta li no Facebook) Campeõõõõõeeesss! Nação-valente-e-imortal, tudo selfizado e filmado, e buzinado, foi-bonita-a-festa-pá, o bem ganhou ao mal (assim o escrevi no FB na hora).
Olhemos para o mal, então.
2. Cristiano Ronaldo é um ícone global. É por isso que nesta semana todos os ecrãs de todos os continentes passam, e tornam a passar, a rude entrada de Dimitri Payet sobre o CR7.
As contas das redes sociais do número 8 francês estão inundadas de raiva. Esse fluxo de indignação vem de todo o lado. Até do Irão, admira-se a imprensa francesa. Payet é, agora, um vilão global.
3. Os aliados travaram a batalha da Normandia contra os nazis entre Junho e Agosto de 1944. O dia inicial da invasão, 6 de Junho, ficou conhecido pelo Dia D. A seguir, até à libertação de Paris, em 25 de Agosto, houve, dos dois lados, mais de seiscentos mil mortos.
Setenta e dois anos depois, o Reino Unido acaba de decidir, em referendo, o brexit. Foi uma decisão democrática e pacífica.
É assim a União Europeia que nos deu estas singulares sete décadas de paz e que é um farol de progresso, justiça social e decência no mundo. Infelizmente, está agora debaixo do fogo da vilania nacionalista de esquerda e de direita.
António Costa, se continuar a deixar como tem deixado o exclusivo da defesa da "Europa" e do euro à direita, além de atraiçoar a matriz europeísta do PS, condena-o a uma pesada derrota nas próximas legislativas.
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