Max Weber*
* Texto publicado hoje no Jornal do Centro
1. Diogo Lacerda Machado, o padrinho de casamento de António Costa, tem estado a dirigir à borla negociações sensíveis entre o estado e privados, na condição de “amigo” do PM. O nosso chefe do governo não esteve para “papeladas” e socorreu-se da boa vontade do “seu melhor amigo”.
Ora, como nos ensinou o sociólogo Max Weber, o formalismo é condição de liberdade e o funcionamento do estado deve obedecer a uma “ordem impessoal”, sendo este imperativo também “válido para o detentor legal do poder que não é «funcionário», por exemplo, um presidente eleito”. Ou, por analogia, um primeiro-ministro.
Como este caso peculiar caiu mal, António Costa, embora contrariado e a clamar contra o “estragar de dinheiro”, lá acabou por fazer esta semana um contrato com Diogo Lacerda Machado.
Há aqui uma ironia: contra o seu costume, o chefe da “geringonça” queria ser austeritário e foram as teorias de Max Weber, um poupado alemão, que, desta vez, obrigaram António Costa a “virar a página da austeridade”.
2. No dia 31 de Março, o bloco de esquerda apresentou no parlamento um “voto de condenação pela perseguição política em Angola” que apelava à libertação dos dezassete activistas políticos presos por estarem a ler um livro.
Infelizmente, uma “caranguejola” maioritária, formada pelo PSD, o CDS e o PCP, chumbou esta moção.
Vejamos o que fizeram os nove deputados “viseenses”: Leitão Amaro, Pedro Alves, Inês Domingos, António Lima Costa, Isaura Pedro e Helder Amaral votaram contra, deixando o governo angolano contente. Podem limpar as mãos à parede! Por sua vez, o socialista António Borges ficou-se por uma frouxa abstenção.
Já João Paulo Rebelo e Marisabel Moutela estiveram a favor deste “voto de condenação”. Foram só dois em nove, mas, mesmo assim, aleluia! Pela primeira vez tivemos deputados eleitos no distrito com uma posição decente em matéria da defesa dos direitos humanos em Angola. Já era mais que tempo.
Fotografia daqui |
Ora, como nos ensinou o sociólogo Max Weber, o formalismo é condição de liberdade e o funcionamento do estado deve obedecer a uma “ordem impessoal”, sendo este imperativo também “válido para o detentor legal do poder que não é «funcionário», por exemplo, um presidente eleito”. Ou, por analogia, um primeiro-ministro.
Como este caso peculiar caiu mal, António Costa, embora contrariado e a clamar contra o “estragar de dinheiro”, lá acabou por fazer esta semana um contrato com Diogo Lacerda Machado.
Há aqui uma ironia: contra o seu costume, o chefe da “geringonça” queria ser austeritário e foram as teorias de Max Weber, um poupado alemão, que, desta vez, obrigaram António Costa a “virar a página da austeridade”.
2. No dia 31 de Março, o bloco de esquerda apresentou no parlamento um “voto de condenação pela perseguição política em Angola” que apelava à libertação dos dezassete activistas políticos presos por estarem a ler um livro.
Infelizmente, uma “caranguejola” maioritária, formada pelo PSD, o CDS e o PCP, chumbou esta moção.
Vejamos o que fizeram os nove deputados “viseenses”: Leitão Amaro, Pedro Alves, Inês Domingos, António Lima Costa, Isaura Pedro e Helder Amaral votaram contra, deixando o governo angolano contente. Podem limpar as mãos à parede! Por sua vez, o socialista António Borges ficou-se por uma frouxa abstenção.
Já João Paulo Rebelo e Marisabel Moutela estiveram a favor deste “voto de condenação”. Foram só dois em nove, mas, mesmo assim, aleluia! Pela primeira vez tivemos deputados eleitos no distrito com uma posição decente em matéria da defesa dos direitos humanos em Angola. Já era mais que tempo.
Comentários
Enviar um comentário