Campanha eleitoral*
* Texto publicado hoje no Jornal do Centro
1. Passou mais um 25 de Abril — o quadragésimo segundo.
No parlamento, o PCP deu palco a Rita Rato para mais um discurso “patriótico e de esquerda”; o bloco de esquerda passou o microfone a Jorge Costa que execrou as “ingerências” da “Europa”; o PS deu o púlpito ao “jota” João Torres que se disse na “segunda república” (deve achar que Afonso Costa e Mário Soares foram presidentes, mas que Salazar foi rei); os falantes da direita, Nuno Magalhães e Paula Teixeira da Cruz, lá enfrentaram o sobrolho carregado de Vasco Lourenço.
Valha a verdade, ninguém prestou muita atenção até Marcelo começar a falar. Esta celebração do “dia inicial inteiro e limpo” correu muito bem ao novo PR. Até o poeta Alegre já se alistou na CRPMRS (Comissão de Reeleição do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa).
O presidente avisou que o país não pode “viver, sistematicamente, em campanha eleitoral”. Não pode, não, mas não tem acontecido outra coisa desde que a Troika se foi embora: Maria Luís Albuquerque desistiu de antecipar pagamentos ao FMI para ter folga em 2015; Mário Centeno acaba de adiar pagamentos previstos ao FMI em 2016 e 2017 e está a aproveitar a folga para tratar bem os táxis, para prover um IVA fofinho aos restaurantes, para fazer carinhos à banca e atestar camiões com diesel “espanhol”, ...
Vamos continuar em campanha eleitoral. Nada vai alterar isso enquanto as sondagens não mexerem.
2. A administração do Centro Hospitalar Tondela-Viseu tomou posse em Novembro de 2013 para um mandato de três anos. Se o presidente daquela empresa pública se “despedisse” agora, o seu substituto seria nomeado só para sete meses até serem completados os tais três anos; é uma imposição legal.
A crítica que fiz aqui ao presidente do conselho de administração do hospital por não ter posto o seu lugar à disposição mal tomou posse o novo governo deve, agora, ser lida à luz desta informação que me foi dada por Ermida Rebelo e que agradeço.
1. Passou mais um 25 de Abril — o quadragésimo segundo.
No parlamento, o PCP deu palco a Rita Rato para mais um discurso “patriótico e de esquerda”; o bloco de esquerda passou o microfone a Jorge Costa que execrou as “ingerências” da “Europa”; o PS deu o púlpito ao “jota” João Torres que se disse na “segunda república” (deve achar que Afonso Costa e Mário Soares foram presidentes, mas que Salazar foi rei); os falantes da direita, Nuno Magalhães e Paula Teixeira da Cruz, lá enfrentaram o sobrolho carregado de Vasco Lourenço.
Valha a verdade, ninguém prestou muita atenção até Marcelo começar a falar. Esta celebração do “dia inicial inteiro e limpo” correu muito bem ao novo PR. Até o poeta Alegre já se alistou na CRPMRS (Comissão de Reeleição do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa).
Fotografia de Bruno Simão para o Jornal de Negócios |
O presidente avisou que o país não pode “viver, sistematicamente, em campanha eleitoral”. Não pode, não, mas não tem acontecido outra coisa desde que a Troika se foi embora: Maria Luís Albuquerque desistiu de antecipar pagamentos ao FMI para ter folga em 2015; Mário Centeno acaba de adiar pagamentos previstos ao FMI em 2016 e 2017 e está a aproveitar a folga para tratar bem os táxis, para prover um IVA fofinho aos restaurantes, para fazer carinhos à banca e atestar camiões com diesel “espanhol”, ...
Vamos continuar em campanha eleitoral. Nada vai alterar isso enquanto as sondagens não mexerem.
2. A administração do Centro Hospitalar Tondela-Viseu tomou posse em Novembro de 2013 para um mandato de três anos. Se o presidente daquela empresa pública se “despedisse” agora, o seu substituto seria nomeado só para sete meses até serem completados os tais três anos; é uma imposição legal.
A crítica que fiz aqui ao presidente do conselho de administração do hospital por não ter posto o seu lugar à disposição mal tomou posse o novo governo deve, agora, ser lida à luz desta informação que me foi dada por Ermida Rebelo e que agradeço.
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