A Rádio Escuro de Vila Nova de Paiva *
Pacheco Pereira, Joaquim Vieira, Amadeu Araújo, Sansão Coelho e Luís Baptista Martins |
A qualidade destes nomes diz tudo acerca do nível do debate sobre os media que aconteceu ontem em Vila Nova de Paiva, por ocasião dos 26 anos da Rádio Escuro.
Parabéns ao padre José Justino, Paulo Tavares, Amadeu Araújo e toda a equipa da rádio de Barrelas.
Amadeu Araújo, jornalista da casa, abriu as "hostilidades" com um enérgico grito de alma bem escrito e bem lido.
Luís Baptista Martins descreveu o que o jornal que dirige — O Interior — tem feito, lembrando várias lutas locais, como a da preservação da maternidade da Guarda e a luta contra as portagens.
Sansão Coelho lastimou as rádios que são "torneiras de som" porque "não está lá gente dentro".
Joaquim Vieira reparou na rotunda que anuncia "Vila Nova de Paiva - Capital Ecológica" e partiu daí para enunciar linhas de desenvolvimento e articulação entre o local e o global.
José Pacheco Pereira, que está mais elegante do que mostram as televisões, afirmou:
"Os meios de comunicação social locais devem ser bons meios de comunicação social."
"É a independência que permite noticiar como deve ser."
"O jornalismo é uma mediação entre as coisas que acontecem e as pessoas que precisam de saber que as coisas acontecem."
"Os meios de comunicação social locais devem ser bons meios de comunicação social."
"É a independência que permite noticiar como deve ser."
"O jornalismo é uma mediação entre as coisas que acontecem e as pessoas que precisam de saber que as coisas acontecem."
A comunicação social é das actividades que mais sofre com o actual "estreitamento da classe média".
"O dito 'jornalismo do cidadão' não é jornalismo, o jornalismo é uma actividade profissional."
Em resumo, eis as ideias-chave expressas por Pacheco Pereira:
— um media local deve ser bom;
— um media local deve ser bom;
— um media local deve ser independente;
— um media local deve ser ligação e cimento da comunidade (a presente e a migrante);
— um media local é e tem que ser sempre memória local.
António Figueiredo |
Este blogue saúda os muitos jornalistas que estiveram em Barrelas ontem.
Um abraço ao António Figueiredo, director da saudosa Rádio Noar de Viseu.
Rádio Noar, rádio que era voz e escrutínio desta terra, rádio que, apesar de dar lucro, agora já não existe porque:
1 — um governante medíocre chamado Jorge Lacão fez aprovar uma lei que passou a permitir que as rádios grandes pudessem engolir as rádios locais;
Um abraço ao António Figueiredo, director da saudosa Rádio Noar de Viseu.
Rádio Noar, rádio que era voz e escrutínio desta terra, rádio que, apesar de dar lucro, agora já não existe porque:
1 — um governante medíocre chamado Jorge Lacão fez aprovar uma lei que passou a permitir que as rádios grandes pudessem engolir as rádios locais;
2 — porque as elites políticas e económicas da cidade não têm sentido comunitário nenhum.
* Ver, também, a reportagem do blogue Letras e Conteúdos de Acácio Pinto.
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