Ligeirezas*
* Texto publicado no Jornal do Centro há exactamente dez anos, em 15 de Maio de 2015
1. António Costa, mal assumiu a liderança socialista, pôs o partido a reabilitar a herança e a figura de José Sócrates. Esta estratégia só foi autoclismada quando aconteceu a prisão do ex-primeiro-ministro.
Se não estivesse onde está, Sócrates neste momento era candidato à presidência da república e António Costa teria feito o papel de “idiota útil” ou, pior ainda, de cúmplice dessa candidatura.
Agora, com Sócrates detido e Guterres, Gama e Vitorino “desistidos”, António Costa não diz nada sobre presidenciais. Mas há sinais que ele se prepara para passar um cheque-em-branco a António Sampaio da Nóvoa, um candidato de quem, apesar de já ter 60 anos, não se conhece pensamento ou acção política, tenha sido ela partidária ou cívica. Um enigma que, nos seus bem escritos e bem lidos discursos, não tem ido além de umas amenidades polvilhadas de citações de Zeca Afonso e Sérgio Godinho e Sophia.
António Costa ainda está a tempo de evitar tamanha ligeireza para não dizer irresponsabilidade. Na área socialista há um homem capaz de disputar as eleições a Rio e Marcelo. E, mais importante ainda, um homem que, se chegar a Belém, dá a certeza aos portugueses de que irá ser um presidente moderado, competente e responsável. Chama-se ele Guilherme d'Oliveira Martins e é o actual presidente do Tribunal de Contas, uma das poucas instituições do estado que merece o reconhecimento dos cidadãos.
2. Tremam, editores da Visão!
Arreceiem, jornalistas da Sábado!
Paniquem, homens da The New Yorker!
António Almeida Henriques vai entrar no negócio. Vai editar uma revista municipal.
E registe-se: esta revista trimestral de distribuição gratuita vai só custar mais sete mil euros que o último orçamento participativo. Uma ninharia. Vão ser 82 mil euros supimpamente aplicados.
Perante tanta ligeireza, tanta festa e festinha a que agora se vem acrescentar o "papel-couché" revisteiro, o dr. Ruas só pode andar muito divertido.
1. António Costa, mal assumiu a liderança socialista, pôs o partido a reabilitar a herança e a figura de José Sócrates. Esta estratégia só foi autoclismada quando aconteceu a prisão do ex-primeiro-ministro.
Se não estivesse onde está, Sócrates neste momento era candidato à presidência da república e António Costa teria feito o papel de “idiota útil” ou, pior ainda, de cúmplice dessa candidatura.
Agora, com Sócrates detido e Guterres, Gama e Vitorino “desistidos”, António Costa não diz nada sobre presidenciais. Mas há sinais que ele se prepara para passar um cheque-em-branco a António Sampaio da Nóvoa, um candidato de quem, apesar de já ter 60 anos, não se conhece pensamento ou acção política, tenha sido ela partidária ou cívica. Um enigma que, nos seus bem escritos e bem lidos discursos, não tem ido além de umas amenidades polvilhadas de citações de Zeca Afonso e Sérgio Godinho e Sophia.
António Costa ainda está a tempo de evitar tamanha ligeireza para não dizer irresponsabilidade. Na área socialista há um homem capaz de disputar as eleições a Rio e Marcelo. E, mais importante ainda, um homem que, se chegar a Belém, dá a certeza aos portugueses de que irá ser um presidente moderado, competente e responsável. Chama-se ele Guilherme d'Oliveira Martins e é o actual presidente do Tribunal de Contas, uma das poucas instituições do estado que merece o reconhecimento dos cidadãos.
2. Tremam, editores da Visão!
Arreceiem, jornalistas da Sábado!
Paniquem, homens da The New Yorker!
António Almeida Henriques vai entrar no negócio. Vai editar uma revista municipal.
E registe-se: esta revista trimestral de distribuição gratuita vai só custar mais sete mil euros que o último orçamento participativo. Uma ninharia. Vão ser 82 mil euros supimpamente aplicados.
Perante tanta ligeireza, tanta festa e festinha a que agora se vem acrescentar o "papel-couché" revisteiro, o dr. Ruas só pode andar muito divertido.



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