Cacharolete d’assuntos (#7)*

Hoje no Jornal do Centro aqui

1. Esta coluna passa a sair aos sábados e exclusivamente online.

2. As eleições legislativas marcadas para 18 de Maio trouxeram duas novidades à nossa democracia:

— os portugueses vão pela primeira vez a votos por determinação e acto de vontade de uma, e só uma, pessoa: Luís Montenegro;

Fotografia de Rita Chantre, DN, aqui
— o primeiro-ministro exigiu, em tribunal, a retirada de um cartaz de um partido da oposição.

Ambas as novidades são más: vermos Montenegro a imaginar-se uma espécie de Cavaco 2.0 é tudo menos entusiasmante; imaginarmos o homem de Espinho tão autoritário como foi o homem de Boliqueime é um susto.

3. Esta coluna tem desmascarado, o mais possível, os exageros woke:

— o seu policiamento da linguagem, os cancelamentos e as perseguições;

— o seu revisionismo histórico obsessionado numa putativa “culpa do homem branco” a que atribui a origem de todos os males do mundo e arredores;

— o seu tribalismo que nos retira chão comum, que nos divide, que nos mergulha em guerra culturais que, sem surpresa, estão a ser ganhas pelas bandeiras tribais mais antigas e atávicas: a da “nação” e a da “religião”.

É aqui que eu quero chegar. Há cada vez mais gente polarizada e fechada em bolhas radicais de esquerda e de direita. Isso é péssimo para a democracia e a liberdade. Para se ser anti-woke não é preciso ser trumpista. Muito pelo contrário: os woke e os trumpistas são as duas faces da mesma má moeda.

4. Chegados a Abril, é a altura de fazer as contas do IRS. Este ano, os “reembolsos” do fisco ou mingaram ou transformaram-se em “dolorosas”.

Custa receber pouco ou ter de pagar. Mas é melhor assim. Significa que, durante 2024, o excelentíssimo senhor ministro das finanças de turno não andou a gozar com o nosso dinheiro, como os seus congéneres costumavam fazer nos anos anteriores quando as retenções na fonte eram exageradas.

Fotografia Olho de Gato
5. Hanami é uma tradição milenar japonesa que leva multidões para debaixo das cerejeiras a admirarem a beleza das suas flores.

Por cá, pode fazer-se hanami no vale do Douro, entre a Régua e Resende, onde, por esta altura, há milhares de cerejeiras floridas.


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