É já a 24?*
* Texto publicado hoje no Jornal do Centro
1. A avaliação nas escolas mudou mais uma vez. Mudou sem nenhuma reflexão séria, apenas pelo palpite e preconceito ideológico do poder de turno. O costume.
Depois de Catarina Martins ter acabado com o “exame” do quarto ano, António Costa ainda garantiu no parlamento, em 16 de Dezembro, que as provas finais do 6º e 9º ano iam continuar. Só que o que o primeiro-ministro diz agora conta pouco. O PCP não podia ficar atrás do bloco e o PS acabou por ceder.
A meio do ano lectivo, as escolas e as famílias são confrontadas com novas regras, novos prazos. Sem quê nem para quê, é interrompida uma década e meia de recolha de informação sobre as aprendizagens no final do 1º e do 2º ciclo.
Ao mesmo tempo, o ministro decidiu parir uma ridícula “aferição” nos 2º, 5º e 8º anos, umas provas que os alunos vão fazer sabendo que não contam para nada.
Aliás, é importante que seja dito aos alunos que a aferição não conta para nada. Por ser verdade e para seguir a doutrina dos novos “donos-disto-tudo”: se não podíamos “traumatizar-para-toda-a-vida” as meninas e os meninos de dez anos do 4º ano, muito menos podemos traumatizar as meninas e os meninos de oito anos.
2. Marcelo Rebelo de Sousa conseguiu dois objectivos estratégicos que lhe permitem sonhar com a vitória à primeira volta: não tem concorrência à direita e apresenta-se como o seguro de vida da “geringonça” de António Costa.
Marcelo soube apresentar-se como o “ajudador” número um do governo e mudou de pele: em vez do Marcelo buliçoso e hiper-cinético a que nos habituámos, temos agora um homem calmo e até, aqui e ali, com uma quietude que chega a ser chata. Este Marcelo do “novo tempo” respira, por todos os poros, a gravitas do poder.
Depois de ter abanado nos debates com Sampaio da Nóvoa e Maria de Belém, Marcelo reza agora para que apareçam sondagens a dar-lhe menos de 50%. É que ele precisa mobilizar o voto à direita que, de tão confiante, conta abster-se.
1. A avaliação nas escolas mudou mais uma vez. Mudou sem nenhuma reflexão séria, apenas pelo palpite e preconceito ideológico do poder de turno. O costume.
Depois de Catarina Martins ter acabado com o “exame” do quarto ano, António Costa ainda garantiu no parlamento, em 16 de Dezembro, que as provas finais do 6º e 9º ano iam continuar. Só que o que o primeiro-ministro diz agora conta pouco. O PCP não podia ficar atrás do bloco e o PS acabou por ceder.
A meio do ano lectivo, as escolas e as famílias são confrontadas com novas regras, novos prazos. Sem quê nem para quê, é interrompida uma década e meia de recolha de informação sobre as aprendizagens no final do 1º e do 2º ciclo.
Ao mesmo tempo, o ministro decidiu parir uma ridícula “aferição” nos 2º, 5º e 8º anos, umas provas que os alunos vão fazer sabendo que não contam para nada.
Aliás, é importante que seja dito aos alunos que a aferição não conta para nada. Por ser verdade e para seguir a doutrina dos novos “donos-disto-tudo”: se não podíamos “traumatizar-para-toda-a-vida” as meninas e os meninos de dez anos do 4º ano, muito menos podemos traumatizar as meninas e os meninos de oito anos.
2. Marcelo Rebelo de Sousa conseguiu dois objectivos estratégicos que lhe permitem sonhar com a vitória à primeira volta: não tem concorrência à direita e apresenta-se como o seguro de vida da “geringonça” de António Costa.
Marcelo soube apresentar-se como o “ajudador” número um do governo e mudou de pele: em vez do Marcelo buliçoso e hiper-cinético a que nos habituámos, temos agora um homem calmo e até, aqui e ali, com uma quietude que chega a ser chata. Este Marcelo do “novo tempo” respira, por todos os poros, a gravitas do poder.
Fotografia daqui |
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