Tempestade*
* Texto publicado no Jornal do Centro há exactamente dez anos, em 25 de Novembro de 2005
1. Em 19 de Agosto, escrevi aqui no Olho de Gato: “Era bom que chovesse na cabeça da Ministra da Educação a ver se ela refresca. Há risco elevado de tempestade nas nossas escolas, no próximo ano-lectivo.”
Não era difícil de prever. Aí está a tempestade. Na sexta-feira passada houve uma greve de professores com adesão recorde. Infelizmente, as coisas podem não ficar por aqui.
2. A Ministra da Educação tem tido boa imprensa, muito devido à inabilidade dos sindicalistas que falam uma língua estranha, o eduquês, que ninguém percebe.
Contudo, no dia da greve, as coisas não correram bem a Maria de Lurdes Rodrigues. Exactamente naquele dia, ela tirou de debaixo da manga um “estudo” a tentar provar que os professores são uns gazeteiros. Toda a gente percebeu a intenção e o tiro saiu pela culatra. Não foram os professores que ficaram mal no retrato.
3. Ainda no dia da greve, a ministra Maria de Lurdes Rodrigues publicou um artigo no Público, intitulado “O Desafio da Educação” que merece ser lido com atenção, especialmente quando refere um “(…) défice de acompanhamento e supervisão de aulas e do respectivo controlo de qualidade do ensino.” É preciso ajudar os professores a serem melhores professores naquilo que importa: a aula na sala de aula. É na sala de aula que tudo se decide. O resto é burocracia, fogo de artifício e desperdício de recursos.
4. A Associação Nacional de Municípios Portugueses pode mandar fazer uma estátua a Maria de Lurdes Rodrigues. O Ministério da Educação vai pagar as refeições nas Escolas do 1º Ciclo; isto é, o governo vai assumir dores que deviam ser das câmaras. Estas vão poder continuar a gastar alegremente os impostos municipais em rotundas e Pavilhões Multiusos.
1. Em 19 de Agosto, escrevi aqui no Olho de Gato: “Era bom que chovesse na cabeça da Ministra da Educação a ver se ela refresca. Há risco elevado de tempestade nas nossas escolas, no próximo ano-lectivo.”
Não era difícil de prever. Aí está a tempestade. Na sexta-feira passada houve uma greve de professores com adesão recorde. Infelizmente, as coisas podem não ficar por aqui.
2. A Ministra da Educação tem tido boa imprensa, muito devido à inabilidade dos sindicalistas que falam uma língua estranha, o eduquês, que ninguém percebe.
Contudo, no dia da greve, as coisas não correram bem a Maria de Lurdes Rodrigues. Exactamente naquele dia, ela tirou de debaixo da manga um “estudo” a tentar provar que os professores são uns gazeteiros. Toda a gente percebeu a intenção e o tiro saiu pela culatra. Não foram os professores que ficaram mal no retrato.
3. Ainda no dia da greve, a ministra Maria de Lurdes Rodrigues publicou um artigo no Público, intitulado “O Desafio da Educação” que merece ser lido com atenção, especialmente quando refere um “(…) défice de acompanhamento e supervisão de aulas e do respectivo controlo de qualidade do ensino.” É preciso ajudar os professores a serem melhores professores naquilo que importa: a aula na sala de aula. É na sala de aula que tudo se decide. O resto é burocracia, fogo de artifício e desperdício de recursos.
4. A Associação Nacional de Municípios Portugueses pode mandar fazer uma estátua a Maria de Lurdes Rodrigues. O Ministério da Educação vai pagar as refeições nas Escolas do 1º Ciclo; isto é, o governo vai assumir dores que deviam ser das câmaras. Estas vão poder continuar a gastar alegremente os impostos municipais em rotundas e Pavilhões Multiusos.
"O VÓMITO" - Lurdes Rodrigues!
ResponderEliminarAgora "promovida" a senadora nas Tv´s e jornais, inacreditável!
Fiel depositária da ideologia socrática e fidelíssima executante da perseguição inaudita e descabelada a que os professores foram sujeitos.
Perseguição, termo correcto.
Muitos e excelentes profissionais abandonaram a sua profissão completamente frustrados e agastados com as afrontas diárias desta senhora e dos seus dois cães de guarda (o azeiteiro Valter Lemos e o troglodita Jorge Pedreira).
A escola pública perdeu muito, muito, com esta gente que tinha um projecto ideológico de destruição e desestruturação de um sector vital no pensamento, na estrutura, na formação de um cidadão integral da República.
Foi mais uma área em que o José Sócrates abriu o flanco aos miúdos do PPD/CDS que nos desgovernaram.
E isso, eu , NUNCA vou perdoar ao PS!
PS: Com a cobertura, silêncio e assentimento de dois (ditos) professores de Viseu (na época deputados) – José Junqueiro e Miguel Ginestal, que se registe.