Irmãs *
* Texto publicado hoje no Jornal do Centro
1. O livro "A Cortina de Ferro, o Esmagamento da Europa de Leste, 1944-1956", de Anne Applebaum, é um monumental estudo daquele período. Usou, como principais fontes, os arquivos das polícias secretas comunistas e entrevistas a centenas de pessoas que sofreram o terror estalinista.
Importa, em primeiro lugar, perceber a diferença entre um regime autoritário (como o salazarista) e um regime totalitário (como o estalinista).
Nos regimes autoritários quem não se meter na política é deixado em paz no seu "viver habitualmente". Esta expressão "viver habitualmente" foi cunhada por Salazar logo nos seus primeiros anos no governo.
Faça-se um parêntesis: Salazar até dava voltas na tumba se soubesse que o município de Santa Comba Dão foi levado à falência pelo actual presidente da câmara, a mesma criatura que tem andado sempre a invocar o seu nome, até para marcas de vinho.
Retomando o fio à meada: os regimes totalitários, ao contrário dos autoritários, invadem o quotidiano de todos os seus cidadãos quer eles queiram quer não.
O livro de Anne Applebaum conta muitas histórias que ilustram o que é o totalitarismo. Eis uma: duas irmãs húngaras, que viviam na mesma casa, deixaram ambas de acreditar nas "verdades" oficiais do regime. Mas, como cada uma pensava que a outra continuava leal ao estalinismo, em casa continuaram ano após ano a papaguear slogans estalinistas.
2. Nas autárquicas de Viseu, prossegue a guerra civil à direita. Almeida Henriques, desassossegado, até já protesta por Hélder Amaral aparecer na RTP.
Percebe-se a inquietação: um resultado de quatro vereadores do PSD, quatro do PS e um do CDS, punha as coisas nas mãos do combativo Hélder Amaral.
1. O livro "A Cortina de Ferro, o Esmagamento da Europa de Leste, 1944-1956", de Anne Applebaum, é um monumental estudo daquele período. Usou, como principais fontes, os arquivos das polícias secretas comunistas e entrevistas a centenas de pessoas que sofreram o terror estalinista.
Importa, em primeiro lugar, perceber a diferença entre um regime autoritário (como o salazarista) e um regime totalitário (como o estalinista).
Nos regimes autoritários quem não se meter na política é deixado em paz no seu "viver habitualmente". Esta expressão "viver habitualmente" foi cunhada por Salazar logo nos seus primeiros anos no governo.
Faça-se um parêntesis: Salazar até dava voltas na tumba se soubesse que o município de Santa Comba Dão foi levado à falência pelo actual presidente da câmara, a mesma criatura que tem andado sempre a invocar o seu nome, até para marcas de vinho.
Retomando o fio à meada: os regimes totalitários, ao contrário dos autoritários, invadem o quotidiano de todos os seus cidadãos quer eles queiram quer não.
O livro de Anne Applebaum conta muitas histórias que ilustram o que é o totalitarismo. Eis uma: duas irmãs húngaras, que viviam na mesma casa, deixaram ambas de acreditar nas "verdades" oficiais do regime. Mas, como cada uma pensava que a outra continuava leal ao estalinismo, em casa continuaram ano após ano a papaguear slogans estalinistas.
2. Nas autárquicas de Viseu, prossegue a guerra civil à direita. Almeida Henriques, desassossegado, até já protesta por Hélder Amaral aparecer na RTP.
Percebe-se a inquietação: um resultado de quatro vereadores do PSD, quatro do PS e um do CDS, punha as coisas nas mãos do combativo Hélder Amaral.
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