20 de Julho de 2005
Em Julho de 2005, Joaquim Pais Jorge (ex-secretário de estado do tesouro e ex-caixeiro-viajante de swaps) e o seu colega da sucursal em Lisboa do Citigroup, Paulo Gray, reuniram-se duas vezes com os assessores de Sócrates, Óscar Gaspar e Vítor Escária.
A revista Visão contou a história completa e descreveu, até, o pano de fundo político que se vivia aquando das duas reuniões.
A 1 de Julho, data da primeira dessas reuniões, no país falava-se do déficit apurado por Vítor Constâncio (na altura, era a estátua mais bem paga do país) à gestão de Santana Lopes.
A 21 de Julho, dia da tal segunda reunião, tomou posse o segundo ministro das finanças de Sócrates, Fernando Teixeira dos Santos.
Na véspera, tinha-se demitido Luís Campos e Cunha que passou, a partir daí, a ser alvo nos media de uma campanha de assassínio de carácter em duas frentes:
(i) o homem era psicologicamente fraco e não aguentou a pressão;
(ii) o homem não quis perder o conjunto de pensões que recebia.
Ora, o facto é que a data da demissão de Luís Campos e Cunha - 20 de Julho de 2005 - foi importantíssima na história do pântano em que o país caiu desde que Guterres se foi embora.
Luís Campos e Cunha opunha-se ao programa socrático de obras públicas.
Com Luís Campos e Cunha, os rentistas da energia e das estradas, os arquitectos e os empreiteiros da "festa" da Parque Escolar não estariam tão bem, mas o país estaria menos falido.
A revista Visão contou a história completa e descreveu, até, o pano de fundo político que se vivia aquando das duas reuniões.
A 1 de Julho, data da primeira dessas reuniões, no país falava-se do déficit apurado por Vítor Constâncio (na altura, era a estátua mais bem paga do país) à gestão de Santana Lopes.
A 21 de Julho, dia da tal segunda reunião, tomou posse o segundo ministro das finanças de Sócrates, Fernando Teixeira dos Santos.
Na véspera, tinha-se demitido Luís Campos e Cunha que passou, a partir daí, a ser alvo nos media de uma campanha de assassínio de carácter em duas frentes:
(i) o homem era psicologicamente fraco e não aguentou a pressão;
(ii) o homem não quis perder o conjunto de pensões que recebia.
Ora, o facto é que a data da demissão de Luís Campos e Cunha - 20 de Julho de 2005 - foi importantíssima na história do pântano em que o país caiu desde que Guterres se foi embora.
Luís Campos e Cunha opunha-se ao programa socrático de obras públicas.
Com Luís Campos e Cunha, os rentistas da energia e das estradas, os arquitectos e os empreiteiros da "festa" da Parque Escolar não estariam tão bem, mas o país estaria menos falido.
só um reparo : já não se diz o "psicologicamente fraco".....isso está fora de modo, agora é mais : tem um QE baixo. Um Quoeficiente Emocional baixo. Lida mal com as emoções. são pessoas que deviam escolher vidas mais simples. não tem nada de mal. mas pronto. A Ambição cega, né???? :p
ResponderEliminarP.S. coitada da estátua que se moveu para o BCE......ahhh...foi transportada , pois ;)
Caro Filipe,
EliminarO caso Vitor Constâncio é a ilustração perfeita quando que quisermos evidenciar que vivemos numa sociedade não-meritocratica.
Abraço
Bom texto mas a memória dos Portugueses é muito curta e não processa bem os momentos em que a tentam avivar !
ResponderEliminarLuís Campos e Cunha foi corajoso ao dizer não e depois levar com o enxovalho que se sabe.
Infelizmente para Portugal homens com coluna vertebral são poucos e os ainda menos que se prestam ao serviço do povo são corridos rapidamente pelos lobby´s que realmente governam Portugal através dos seus fantoches nos partidos.
O que eu não compreendo é como o senhor pode apoiar ou pertencer (não sei) ao PS , partido neste momento a viver um limbo entre o Socratismo e o "Costismo" que se instalará "brevemente" no rato e que fará o resto da lavagem á memória dos Portugueses sem sequer mexer uma palha para dizer publicamente que rumo defende para politicas que embora dolorosas, em parte têm de ser trilhadas e como pretende , se é que alguma vez isso será possível acabar com os negócios garantidos dos privados em prejuízo de todo um povo , seja na Saúde , Educação , Energia , Água , Ambiente , Obras Publicas e as famosas consultorias de advogados.
Em Portugal o estado está reduzido á cobrança coerciva de impostos , as entidades reguladoras servem os lobby´s que deviam regular , o estado já vendeu tudo (só falta a CGD e a água) , a divida aumenta todos os dias e por mais cortes que se façam nos mesmos de sempre a mesma não será estancada pois aos poucos destrói-se a vontade dos poucos que ainda pensariam arriscar.
As leis são mal feitas e a justiça continua rápida com os de baixo e lenta ou inexistente para quem pode pagar para a protelar pois compensa faze-lo.
É para mim (pelo menos) obvio que o caminho de Portugal e dos Portugueses continuará a ser descendente, como o é desde que nos alertaram para o pantâno e para os boys.
Gostaria que assim não fosse pois cada vez mais me apercebo o quão bom Portugal pode ser desde que se fale Verdade aos Portugueses e eles assim queiram ouvir.
Por isso digo que quem escreve o que você escreve não pode em consciência apoiar (pertencer) a um partido que tem muitas culpas no estado a que chegámos!
Não só em Viseu como em muitas cidades de Portugal deveriam ter sido formadas candidaturas alternativas vindas da sociedade civil para romper com este marasmo mórbido que é a vida politica Portuguesa e que todos os dias prega mais um prego no caixão de Portugal.
Caro MM,
EliminarO PS é um partido democrático que não persegue as minorias.
O autoritarismo e negocismo socrático deixou-o em má forma é verdade.
As razões são fundas, claro:
http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.pt/2011/04/querida-marktest.html
O problema não está nas bases, que são generosas, mas no rebanho dirigente que desistiu de pensar, aliás é sempre assim: quando ao cabeça não tem juízo...
Há que deixar passar a água debaixo das pontes e continuar a exercer o juízo crítico.
A terceira república precisa de novos partidos, claro.
O cartel partidocrático que nos tem governado, do CDS ao Bloco, só começará a reformar o sistema se vir a casa a arder.
Avance, meu caro.
Cumprimentos
Pseudónimo - WW e não MM que podia ser mas não é .....
ResponderEliminarAvançar é para os corajosos e néscios !
Ora eu corajoso até sou (acho eu) no entanto néscio de certeza não sou e haveria muitas formas de me deitarem abaixo e pelo que vejo e sinto no dia-a-dia são raros os Portugueses que estão para se chatear e a grande (muito) maioria prefere votar em quem lhes aumenta o salário em 3% num ano para depois perder 30% nos anos a seguir logo quanto a bases e a sua generosidade está tudo dito.
Continuo a pensar que a Democracia está há muito morta em Portugal pois são muito poucos os que votam em consciência (na AR é zero) e o mundo partidário ainda é pior que certo fanatismo dos clubes de futebol pois é motivado por interesses e não vontade de vencer ou fazer melhor em prol de todos.
O que me choca é existirem pessoas que embora reconhecendo o quão grande é o mal que foi (e é note bem) a Portugal e aos Portugueses continuam a servir os mesmos amos e organizações como se nada se tivesse passado !
Ah já sei - no pasa nada , no ai cojones !
P.S. - O Dr. Pacheco Pereira e outros ainda vão dizendo umas verdades mas são comunistas (agora) antes deviam ser da direita neoliberal , já não sei .......
WW, peço desculpa
EliminarCumprimentos