Nível*
* Publicado no Jornal do Centro há exactamente dez anos, em 3 de Agosto de 2007
1. Transcrevo aqui, no Olho de Gato, o último parágrafo da crónica da semana passada de José Junqueiro. Repare-se no nível:
“É o caso do cronista Joaquim Alexandre que entrou no Congresso Distrital do PS mudo e saiu calado, que se esconde atrás das costas da última cadeira nas assembleias do PS e nada diz, que paralisa em frente da ministra da Educação, na sessão pública de Junho num hotel da cidade, e não solta uma palavra, que não foi escolhido para deputado, como desejava, e vive amargurado, que não foi nomeado Governador Civil, como tanto pediu, e ficou ressabiado! Assim se percebe o frenesim do moço sempre que arranha na coluna do tareco!”
Estamos, como se vê, em plena silly season.
2. Lembro dois episódios de pequena política:
(i) Em Janeiro de 2005, o então Ministro Morais Sarmento fez uma visita a São Tomé e Príncipe que incluiu mergulho submarino; Junqueiro mergulhou de cabeça na história;
(ii) já neste Verão, Marques Mendes levou com uma história de remunerações em Oeiras; coisa malcheirosa; Junqueiro apareceu logo a meter o bedelho.
Ora, nenhum político com nível chafurda neste lodo.
É uma pena o sempiterno líder do PS-Viseu prestar-se a fazer esta “figura do costume”. Assim chamei a este padrão de conduta no último Olho de Gato: “figura do costume”. A reacção de Junqueiro foi aquele fogo de artilharia patético acima transcrito.
Liderei a oposição a Fernando Ruas na Câmara Municipal de Viseu, de 2002 a 2005, e não me escondi nunca atrás de cadeiras. Naqueles tempos, bem mais difíceis para os socialistas que os de agora, se alguém teve medo, não fui eu. E por aqui me fico.
É sempre bom relembrar o que disse Millôr Fernandes:“É impressionante a altura que uma pessoa atinge só não descendo de nível.”
1. Transcrevo aqui, no Olho de Gato, o último parágrafo da crónica da semana passada de José Junqueiro. Repare-se no nível:
“É o caso do cronista Joaquim Alexandre que entrou no Congresso Distrital do PS mudo e saiu calado, que se esconde atrás das costas da última cadeira nas assembleias do PS e nada diz, que paralisa em frente da ministra da Educação, na sessão pública de Junho num hotel da cidade, e não solta uma palavra, que não foi escolhido para deputado, como desejava, e vive amargurado, que não foi nomeado Governador Civil, como tanto pediu, e ficou ressabiado! Assim se percebe o frenesim do moço sempre que arranha na coluna do tareco!”
Estamos, como se vê, em plena silly season.
2. Lembro dois episódios de pequena política:
(i) Em Janeiro de 2005, o então Ministro Morais Sarmento fez uma visita a São Tomé e Príncipe que incluiu mergulho submarino; Junqueiro mergulhou de cabeça na história;
(ii) já neste Verão, Marques Mendes levou com uma história de remunerações em Oeiras; coisa malcheirosa; Junqueiro apareceu logo a meter o bedelho.
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É uma pena o sempiterno líder do PS-Viseu prestar-se a fazer esta “figura do costume”. Assim chamei a este padrão de conduta no último Olho de Gato: “figura do costume”. A reacção de Junqueiro foi aquele fogo de artilharia patético acima transcrito.
Liderei a oposição a Fernando Ruas na Câmara Municipal de Viseu, de 2002 a 2005, e não me escondi nunca atrás de cadeiras. Naqueles tempos, bem mais difíceis para os socialistas que os de agora, se alguém teve medo, não fui eu. E por aqui me fico.
É sempre bom relembrar o que disse Millôr Fernandes:“É impressionante a altura que uma pessoa atinge só não descendo de nível.”
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