tag:blogger.com,1999:blog-6150660530538798740.post8004653792249709559..comments2024-01-01T19:07:40.967+00:00Comments on Olho de Gato: Violência urbana (#15)Joaquim Alexandre Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/04497325384148578187noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-6150660530538798740.post-41819845213310540062015-04-26T22:21:12.384+01:002015-04-26T22:21:12.384+01:00Ámen!Ámen!Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6150660530538798740.post-52485589677482323982015-04-26T19:15:19.469+01:002015-04-26T19:15:19.469+01:00Violência sobre os PORTUGUESES:
Filha de Salgueir...Violência sobre os PORTUGUESES:<br /><br />Filha de Salgueiro Maia lamenta ter sido "convidada" a sair de Portugal por Passos Coelho<br />Lusa |26 de abril de 2015 <br /><br />A filha do capitão de Abril Salgueiro Maia, a viver no Luxemburgo há quatro anos, diz que foi "convidada" a sair de Portugal pelo primeiro-ministro Passos Coelho, lamentando a situação atual do país, que compara ao terceiro mundo.<br /><br />Catarina Salgueiro Maia, de 29 anos, deixou Portugal em 2011, ano em que a 'troika' chegou a Portugal e "em que o primeiro-ministro aconselhou as pessoas a ganhar experiência no estrangeiro", ironizou, recordando os apelos do Governo à emigração. Com o marido desempregado e um filho asmático, a filha do Capitão de Abril decidiu procurar trabalho no estrangeiro.<br />"O meu marido esteve seis meses sem trabalho e foi quando decidimos arriscar. Ele tinha cá família e acabámos por decidir vir", contou Catarina Salgueiro Maia à Lusa. "Eu saí do meu país, porque precisava de estabilidade financeira para criar o meu filho, que é asmático, e o medicamento não é comparticipado em Portugal, apesar de ser uma doença crónica", explicou. "Uma consulta de alergologia no hospital público demora cerca de dois anos e meio, e nem vou falar dos idosos que morrem nas salas de espera, é um horror", lamentou, considerando que "Portugal, neste momento, é um país terceiro-mundista".<br /><br />Com três cadeiras por terminar no curso de Línguas, Literaturas e Culturas, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Catarina Salgueiro Maia acabaria por só conseguir emprego como empregada num café português, no Luxemburgo, onde chegou a trabalhar "mais de 17 horas por dia", por um salário de 1.300 euros, um valor inferior ao salário mínimo no país, que ronda atualmente os 1.900 euros.<br /><br />Há um ano, a família decidiu regressar a Portugal, mas em fevereiro acabariam por voltar para o Luxemburgo."Mais valia termos ficado quietos. Nós aqui temos uma ideia diferente da situação em que Portugal está: sabemos que Portugal não está bem, mas não temos consciência de que está tão mal", lamentou, garantindo que encontrou o país "pior" do que quando emigrou em 2011.<br />"Às vezes digo que o meu pai, lá em baixo, deve estar às voltinhas no caixão. O meu pai lutou por uma democracia, por um país livre, correto, aberto", recordou, lamentando que hoje haja "pessoas a passar fome, idosos que, ou comem ou tomam medicamentos, e pessoas que são postas na rua, por não poderem pagar a renda".<br /><br />Durante a homenagem a Salgueiro Maia, o deputado socialista Paulo Pisco considerou que o capitão de Abril "é um exemplo para todos os portugueses", recordando ainda a pensão que lhe foi recusada em 1988, sob o governo de Cavaco Silva, tendo sido depois atribuída a dois antigos inspetores da PIDE, um episódio que considerou "indigno da democracia".<br />"Ele primeiro deu prémios a ex-inspetores da PIDE que torturavam, que massacravam, que matavam, que prendiam, e recusa prémios a quem lutou realmente pelo país? Onde é que está a coerência dele?", questionou.<br /><br />"Acho ridículo uma pessoa que não deu o mínimo valor a quem lutou pelo país, na altura em que devia ter dado, conseguir subir a um palanque, 41 anos depois e dizer que vivemos em democracia e agradecer a quem fez o 25 de Abril", criticou a filha de Salgueiro Maia.<br />"É bom saber que, fora de Portugal, o meu pai continua a ser lembrado, e que há pessoas que dão valor àquilo que ele e os outros capitães de Abril conseguiram para o país", disse, considerando que os ideais da Revolução dos Cravos deviam ser recordados durante "todo o ano".<br /><br />"É preciso que se vivam os ideais de Abril não só neste dia, mas ao longo do ano. Eu acho que é disso que Portugal também está a precisar: defender os ideais de Abril todos os dias, e não ser só para a fotografia", concluiu.<br />JBnoreply@blogger.com