As listas*

* Hoje no Jornal do Centro

1. Já são conhecidos todos os candidatos à presidência das câmaras municipais do distrito de Viseu: oitenta homens e doze mulheres vão dar a cara por oito partidos e cinco movimentos independentes.

Só há dois partidos a concorrerem a todos os vinte e quatro municípios — o PSD e a CDU. O PS falha este pleno: não concorre em S. João da Pesqueira e no Sátão.

Na luta surda entre os dois partidos mais à esquerda da geringonça, a CDU impressionou com as suas vinte e quatro candidaturas, enquanto o Bloco surpreendeu pela negativa, ao concorrer só em Viseu e Lamego.

Há quatro concelhos que vão ter de certeza novos presidentes da câmara, já que os que estão em exercício não vão a votos: em Lamego, Oliveira de Frades e Sátão, por limite de mandatos dos titulares, e em S. João da Pesqueira porque o actual presidente não concorre.

Como os eleitorados costumam reconduzir os candidatos incumbentes, na noite de 1 de Outubro haverá no máximo meia dúzia de caras novas.

2. As câmaras estão cada vez mais nas mãos dos presidentes, que resistem até a uma maioria hostil de vereadores, como se viu nos últimos anos em Lamego e Nelas.

Esse poder dos presidentes vê-se também na feitura das listas — eles vão buscar quem querem para a vereação sem ligarem peva aos seus partidos.

O caso da inclusão de Jorge Sobrado na lista de Almeida Henriques ilustra bem esta ideia. O mesmo aconteceu em Tondela: José António Jesus convidou Miguel Torres, um homem de esquerda, pela sua competência na área da cultura, e esteve-se nas tintas para os laranjinhas locais.

3. O “dinossauro” da câmara do Sátão, Alexandre Vaz, aproveitou uma imperfeição da lei da limitação de mandatos para se encaixar na lista. Como não pode ser o número um, vai como número dois.

Esta alapação...
... diz tudo de quem a faz e deixa à mostra a falta de princípios de quem a deixa fazer. É uma vergonha, Pedro Alves. É uma vergonha, Pedro Passos Coelho.

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