E a oficina de mestre Aquilino foi destapada... (#2)

Na sexta-feira foi inaugurada, na Rua Formosa de Viseu, uma estátua de Aquilino Ribeiro, mestre ímpar da literatura e um príncipe da liberdade.

Yuraldi Rodriguez Puentes
Tudo o que é icónico, tudo o que remete para representações simbólicas de uma comunidade, tem um potencial polémico elevado. Lembre-se o que aconteceu com a estátua do emigrante em Tondela

Neste caso, a abordagem naturalista e competente do escultor Yuraldi Rodriguez Puentes caiu no goto das pessoas e ainda bem.

Importa dizer, porque não é suficientemente conhecido, que a estátua é interactiva: olhando-se através dos buracos — no lado nascente e no lado poente da secretária — vêem-se écrans.

Resta-me cumprimentar a direcção do Centro de Estudos Aquilino Ribeiro, na pessoa de Alberto Correia, a quem agradeço me ter descrito há bastante tempo todo o contorno e vicissitudes deste projecto que, felizmente, foi levado a bom porto.

Para melhor compreensão do que se pretendia, partilho aqui o artigo de Henrique Almeida, da direcção do CEAR, publicado no dia da inauguração no Diário de Viseu:
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Comentários

  1. Apenas um detalhe (entre muitos): os ecrãs podiam/deviam estar a funcionar... ( e seria, muito provavelmente, a primeira escultura de rua com interactividade e QRCode). A banda sonora, além do magistral extracto da entrevista de Mestre Aquilino (que não é referido), com todo respeito pelo excelente trabalho do grupo Girafoles, também podia ter contemplado, nos momentos do brinde, ou noutros, uma ou duas peças de música clássica de contemporâneos de Aquilino (tudo garantido, mas...). Mas, como (quase) sempre o diabo está nos detalhes...

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  2. Sinceramente não estou a ver adultos dobrados a olhar pelos buracos e as crianças talvez se o "filme" agradar.
    Já agora que tipo de écrans e que tipo de energia usam ou vão usar?

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    1. Caro anónimo,
      Não sei sequer se o sistema já está ligado.
      A ideia do escultor foi mesmo deixar aquilo à altura dos olhos de uma criança.
      Cumprimentos

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    2. Caro anónimo,
      Não sei sequer se o sistema já está ligado.
      A ideia do escultor foi mesmo deixar aquilo à altura dos olhos de uma criança.
      Cumprimentos

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    3. Caro anónimo,
      Não sei sequer se o sistema já está ligado.
      A ideia do escultor foi mesmo deixar aquilo à altura dos olhos de uma criança.
      Comprimentos

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  3. Cá para mim quem espreitar vai ver a raposa Salta-Pocinhas do "Romance da Raposa"!

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  4. Parabéns ao gato porque deu uma notícia exclusiva. Os jornalistas não apareceram porque razão? O Mestre merecia mais atenção.

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  5. Finalmente a justa homenagem! E finalmente uma estátua digna do nome. Ruas espalhou muito lixo por essas rotundas, mas desta vez está de parabéns. Aqui sim, deixou rasto para a posteridade. Contudo, porque estamos em hora de balanço, será inevitável não pensar quer nas asneiras, quer no que de fundamental ficou por fazer. Ainda ontem passando por Moselos senti aquele cheiro a fossa que apesar de todos os anos aparecer, foram incapazes de o resolver. Junte-se o que se passa na Póvoa da Medronhosa, e teríamos aqui uma bela obra para Aquilino!

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  6. Os "buracos" irão servir apenas para arejar a secretária porque a intenção de tornar a estátua "interactiva" não se irá concretizar. Foi um sonho do escultor que não se concretizou.

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  7. Os sonhos são, isso mesmo, projectos para acontecer. Provavelmente, o 'anónimo' do dia 17 (11:51), sabe mais do que deixa expresso nas suas enigmáticas linhas. Há aqui muitas teias urdidas para lançar um manto de esquecimento (sobre o escultor, e não só!) e sobre as suas inovadoras ideias, em relação à interactividade da escultura, ao múltiplo QRCode e à possibilidade de difusão de sinal wi-fi direccionado, através de Aquilino, para o mundo. Viseu tem aqui uma oportunidade de tocar, através de uma ponte virtual, as diversas latitudes da lusofonia, dando um passo de gigante para chegar, também como um pólo difusor ao mundo da cultura. Mas a maior estranheza está exactamente no total alheamento da comunicação social. O 'Diário de Viseu' de segunda-feira (dia 16) porque não se publica ao fim de semana, não dedica uma linha (sequer) a qualquer dos eventos: Inauguração do memorial no parque Aquilino Ribeiro e inauguração da primeira estátua nacional de Aquilino Ribeiro. Que tenebrosa conspiração do silêncio, uma vez que a qualidade de ambos os monumentos é, publicamente reconhecida, terá sido urdida à volta destes acontecimentos?

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    1. Na verdade algo sei mais do que escrevi mas não me compete a mim revelar o "segredo", embora a considere a fonte de informação credível.
      A falta de interesse da Comunicação Social foi vergonhosa mas não sei se a organização (C M Viseu) do evento fez a divulgação merecida.

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  8. Já foi vandalizada com ácido e tentaram destruir os tinteiros. Agora irão preocupar-se com a segurança!

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  9. Vandalismo não terá sido mas sim vingança de gente afecta ao regime monárquico e à religião que não concorda com as honrarias que lhe foram tributadas. A ida para o Panteão Nacional também não foi bem aceite.

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    1. Esta alegação é distituída de sentido, caro anónimo, vandalismo é vandalismo.
      É um caso de polícia, isso e mais nada do que isso.
      Cumprimentos

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    2. Claro que foi vandalismo mas a diferença reside nas motivações dos vândalos - vingança. Claro que é um caso de polícia mas não acredito que apanhem os culpados.

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    3. Caro gato, destituída e não distituída.

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